O Brutalista: saiba por que o filme conquistou a crítica e é tão longo
O Brutalista, um dos filmes mais aclamados de 2024, entra em cartaz nos cinemas brasileiros no próximo dia 20 de fevereiro. Lançado no país na 48ª edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, o título chega agora para um público mais amplo, que terá a oportunidade de conhecer a impactante história indicada a dez categorias do Oscar. Oscar 2025: onde assistir aos principais filmes indicados Capitão América 4, O Brutalista e Emilia Pérez chegam aos cinemas em fevereiro Crítica Vidas Passadas | Um filme sobre tudo o que poderíamos ter sido Drama de época dirigido e produzido pelo cineasta Brady Corbet, o longa conta a história de László Tóth (Adrien Brody), um húngaro-judeu sobrevivente do Holocausto, que foge da Europa devastada imigrando para os Estados Unidos. Ao lado de sua esposa Erzsébet (Felicity Jones) e da sobrinha órfã Zsófia (Raffey Cassidy/Ariane Labed), de quem anteriormente havia sido separado, Tóth busca reconstruir sua vida nas Américas. Um sonho que ele vislumbra acontecer quando conhece Harrison Van Buren (Guy Pearce), um rico industrial que descobre sua aguçada formação na Bauhaus e oferece ao protagonista um trabalho em sua área. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Tóth deve construir um grandioso monumento modernista em uma belíssima paisagem do país. Um empreendimento que pode não apenas mudar financeiramente a história de sua família, mas colocá-lo em um caminho profissional de sucesso e de aceitação nas terras estrangeiras. Um drama épico sobre sonhos, imigração e arte Um épico não apenas em sua narrativa, mas também no tempo de exibição (O Brutalista tem 3h35 de duração), o filme conquistou a crítica pelos temas fortes que aborda. E, especialmente, pela maneira realista e tocante como os retrata em cena. Para além de ser uma saga de ascensão e queda profissional, em que acompanhamos todas as dificuldades enfrentadas por Tóth para concluir seu projeto de forma que gostaria, o longa é um retrato das dificuldades enfrentadas pelos imigrantes do pós-guerra. Diferente da maioria dos filmes que falam sobre o ocorrido, o foco de O Brutalista não está em mostrar os horrores da batalha ou o sofrimento de suas vítimas durante o conflito. Embora esse momentos sejam lembrados no filme, a trama mostra o que acontece depois disso, quando os sobreviventes precisam seguir em frente apesar dos traumas e das dificuldades financeiras que se impõem. Adam Brody teve sua atuação no filme muito elogiada e foi indicado ao Oscar de Melhor Ator (Imagem: Divulgação/A24) No caso de Brody, Tóth é um personagem que, diferente da maioria, tem a chance de reconstruir sua vida. Uma oportunidade, no entanto, que se mostra bastante complicada, já que além de não apagar todas as mágoas e sequelas do passado, obriga o arquiteto a experimentar com ainda mais proximidade o preconceito vivido pelos imigrantes. Em meio àqueles que podem ditar o rumo do país, Tóth sente ainda mais escancaradamente o desprezo por sua condição. Um tema, inclusive, com um tremendo apelo atual, especialmente nos Estados Unidos onde questões políticas de imigração ganharam força após as deportações promovidas por Donald Trump. Enquanto retrata de maneira tocante os sonhos daqueles que deixaram sua terra natal e buscam construir uma nova vida no estrangeiro, o filme tem ainda tempo de discutir o papel da arte nesses espaços. E, de quebra, fazer uma homenagem à própria arquitetura brutalista; bruta, minimalista e autêntica, assim como o longa-metragem. Por que o filme é tão longo? Embora filmes longos sejam uma realidade em Hollywood (a média de duração dos indicados a Melhor Filme no Oscar em 2023 foi de 2h30 e, em 2024, pouco mais de 2h10), O Brutalista é extenso até para os padrões da indústria. Filme terá um intervalo de 15 minutos nas sessões de cinema brasileiras (Imagem: Divulgação/A24) De acordo com a equipe do filme, no entanto, todo esse tempo de tela é apenas um reflexo da construção de sua história, dividida em três atos, que separam as diferentes fases da vida do protagonista. Além da abertura, o longa conta com uma primeira divisão chamada O Enigma da Chegada, uma segunda intitulada O Núcleo Duro da Beleza e um Epílogo nomeado A Primeira Bienal de Arquitetura. Trechos que retratam diferentes fases da jornada do imigrante, tanto em sua vida pessoal quanto profissional, e dão o tom épico da narrativa. Para tornar ainda mais extravagante essa história, o diretor Brady Corbet gravou o filme todo em VistaVision de 70 milímetros, um formato de filme bastante utilizado nas décadas de 1950 e 1960, mas que caiu em desuso com a popularização do IMAX. Para quem ficou curioso, O Brutalista chega aos cinemas brasileiros em 20 de janeiro. O filme tem ao todo 3h35 de duração, que serão divididas nas sessões do país com um intervalo de 15 minutos. Leia a matéria no Canaltech.
O Brutalista, um dos filmes mais aclamados de 2024, entra em cartaz nos cinemas brasileiros no próximo dia 20 de fevereiro. Lançado no país na 48ª edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, o título chega agora para um público mais amplo, que terá a oportunidade de conhecer a impactante história indicada a dez categorias do Oscar.
- Oscar 2025: onde assistir aos principais filmes indicados
- Capitão América 4, O Brutalista e Emilia Pérez chegam aos cinemas em fevereiro
- Crítica Vidas Passadas | Um filme sobre tudo o que poderíamos ter sido
Drama de época dirigido e produzido pelo cineasta Brady Corbet, o longa conta a história de László Tóth (Adrien Brody), um húngaro-judeu sobrevivente do Holocausto, que foge da Europa devastada imigrando para os Estados Unidos.
Ao lado de sua esposa Erzsébet (Felicity Jones) e da sobrinha órfã Zsófia (Raffey Cassidy/Ariane Labed), de quem anteriormente havia sido separado, Tóth busca reconstruir sua vida nas Américas. Um sonho que ele vislumbra acontecer quando conhece Harrison Van Buren (Guy Pearce), um rico industrial que descobre sua aguçada formação na Bauhaus e oferece ao protagonista um trabalho em sua área.
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Tóth deve construir um grandioso monumento modernista em uma belíssima paisagem do país. Um empreendimento que pode não apenas mudar financeiramente a história de sua família, mas colocá-lo em um caminho profissional de sucesso e de aceitação nas terras estrangeiras.
Um drama épico sobre sonhos, imigração e arte
Um épico não apenas em sua narrativa, mas também no tempo de exibição (O Brutalista tem 3h35 de duração), o filme conquistou a crítica pelos temas fortes que aborda. E, especialmente, pela maneira realista e tocante como os retrata em cena.
Para além de ser uma saga de ascensão e queda profissional, em que acompanhamos todas as dificuldades enfrentadas por Tóth para concluir seu projeto de forma que gostaria, o longa é um retrato das dificuldades enfrentadas pelos imigrantes do pós-guerra.
Diferente da maioria dos filmes que falam sobre o ocorrido, o foco de O Brutalista não está em mostrar os horrores da batalha ou o sofrimento de suas vítimas durante o conflito. Embora esse momentos sejam lembrados no filme, a trama mostra o que acontece depois disso, quando os sobreviventes precisam seguir em frente apesar dos traumas e das dificuldades financeiras que se impõem.
No caso de Brody, Tóth é um personagem que, diferente da maioria, tem a chance de reconstruir sua vida. Uma oportunidade, no entanto, que se mostra bastante complicada, já que além de não apagar todas as mágoas e sequelas do passado, obriga o arquiteto a experimentar com ainda mais proximidade o preconceito vivido pelos imigrantes.
Em meio àqueles que podem ditar o rumo do país, Tóth sente ainda mais escancaradamente o desprezo por sua condição. Um tema, inclusive, com um tremendo apelo atual, especialmente nos Estados Unidos onde questões políticas de imigração ganharam força após as deportações promovidas por Donald Trump.
Enquanto retrata de maneira tocante os sonhos daqueles que deixaram sua terra natal e buscam construir uma nova vida no estrangeiro, o filme tem ainda tempo de discutir o papel da arte nesses espaços. E, de quebra, fazer uma homenagem à própria arquitetura brutalista; bruta, minimalista e autêntica, assim como o longa-metragem.
Por que o filme é tão longo?
Embora filmes longos sejam uma realidade em Hollywood (a média de duração dos indicados a Melhor Filme no Oscar em 2023 foi de 2h30 e, em 2024, pouco mais de 2h10), O Brutalista é extenso até para os padrões da indústria.
De acordo com a equipe do filme, no entanto, todo esse tempo de tela é apenas um reflexo da construção de sua história, dividida em três atos, que separam as diferentes fases da vida do protagonista.
Além da abertura, o longa conta com uma primeira divisão chamada O Enigma da Chegada, uma segunda intitulada O Núcleo Duro da Beleza e um Epílogo nomeado A Primeira Bienal de Arquitetura. Trechos que retratam diferentes fases da jornada do imigrante, tanto em sua vida pessoal quanto profissional, e dão o tom épico da narrativa.
Para tornar ainda mais extravagante essa história, o diretor Brady Corbet gravou o filme todo em VistaVision de 70 milímetros, um formato de filme bastante utilizado nas décadas de 1950 e 1960, mas que caiu em desuso com a popularização do IMAX.
Para quem ficou curioso, O Brutalista chega aos cinemas brasileiros em 20 de janeiro. O filme tem ao todo 3h35 de duração, que serão divididas nas sessões do país com um intervalo de 15 minutos.
Leia a matéria no Canaltech.