Google elimina programas de diversidade
A Google anunciou nesta última quarta-feira, 05, o fim de seus programas de diversidade, deixando de ter metas de contratações para minorias. Segundo revela o The Wall Street Journal, a empresa está avaliando se continuará divulgando relatórios anuais de di...
A Google anunciou nesta última quarta-feira, 05, o fim de seus programas de diversidade, deixando de ter metas de contratações para minorias.
Segundo revela o The Wall Street Journal, a empresa está avaliando se continuará divulgando relatórios anuais de diversidade, algo que faz desde 2014.
A avaliação faz parte de uma revisão mais ampla de subsídios, treinamentos e iniciativas relacionadas ao departamento de diversidade.
Com a decisão, o Google se alinha com outras grandes empresas de tecnologia, que estão encerrando programas do tipo (conhecidos pela sigla “DEI”), no que é visto como um esforço para cumprir as políticas do novo governo Trump sobre o tema.
Recentemente, Trump assinou uma ordem executiva instruindo que os prestadores de serviços do governo não deveriam engajar nesse tipo de iniciativa, alegando que causam “discriminação ilegal”.
Na lista, estão nomes como Meta, que eliminou seus times de diversidade, e a Amazon que, em dezembro, anunciou que iria diminuir o ritmo de suas iniciativas de diversidade.
O movimento por parte da Google, entretanto, é um pouco mais chamativo porque a empresa foi pioneira no tema diversidade e inclusão.
Desde 2005, a Google possui um cargo para heads de diversidade. Em 2009, estabeleceu sua primeira meta de diversidade, equidade e inclusão.
Em 2014, lançou seu relatório de diversidade, publicado, até recentemente, anualmente. Além disso, no mesmo período lançou um portfólio de igualdade de gênero. Um ano mais tarde, anunciou também um portfólio de justiça racial.
Em 2019, seu relatório de diversidade passou a incluir também pessoas da comunidade LGBTQIAP+, pessoas não-binárias, pessoas com deficiência e militares.
Há apenas três anos atrás, a companhia conseguiu bater sua meta de equidade racial, aumentando em 30% a representatividade de pessoas negras, latinas e indígenas.