Lula exonera ministros para que eles votem nas eleições da Câmara e do Senado

'Diário Oficial' desta sexta trouxe exonerações a pedido de 10 ministros, que devem retornar aos cargos na próxima semana. Câmara e Senado escolhem novos presidentes neste sábado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exonerou 10 ministros com mandatos parlamentares para que eles participem, neste sábado (1º), das eleições das cúpulas da Câmara dos Deputados e do Senado. Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP) são os favoritos para assumirem pelos próximos dois anos as presidências da Câmara e do Senado, respectivamente. Assinadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as exonerações dos ministros foram publicadas na edição desta sexta-feira (31) do "Diário Oficial da União", válidas a partir do sábado. Nos atos, consta que os ministros foram exonerados "a pedido", quando a autoridade solicita a saída. O acordo com Lula é que os ministros retornem aos cargos na próxima semana. Novos presidentes da Câmara e do Senado serão eleitos Senado: Carlos Fávaro (PSD-MT) - Agricultura Wellington Dias (PT-PI) - Desenvolvimento Social Camilo Santana (PT-CE) - Educação Câmara dos Deputados Alexandre Padilha (PT-SP) - Relações Institucionais Juscelino Filho (União-MA) - Comunicações Paulo Teixeira (PT-SP) - Desenvolvimento Agrário André Fufuca (PP-MA) - Esportes Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) - Portos e Aeroportos Celso Sabino (União-PA) - Turismo Luiz Marinho (PT-SP) - Trabalho Três ministros não vão votar Lula não exonerou as ministras Marina Silva (Meio Ambiente) e Sônia Guajajara (Povos Indígenas), que são deputadas, e o ministro Renan Filho (Transportes), que é senador. Segundo sua assessoria, Renan Filho optou por não deixar o cargo porque já tinha compromisso familiar agendado. No caso de Marina e Guajajara, a GloboNews apurou que a decisão de não exonerar as duas ministras foi acordada com Lula. O presidente queria evitar as manchetes dizendo que algum ministro seu votou contra a orientação do governo – o Planalto fechou apoio a Motta e Alcolumbre. Sônia é filiada ao PSOL, e Marina, à Rede. O PSOL tem um candidato próprio, o deputado Pastor Henrique Vieira (RJ). Já a Rede, que tem um único deputado na Casa — Tulio Gadelha (PE) — apoia Motta. O problema é que PSOL e Rede formam uma federação. Caso Marina votasse em Motta, isso poderia gerar um constrangimento entre as duas siglas que estão federadas.

Fev 2, 2025 - 17:19
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Lula exonera ministros para que eles votem nas eleições da Câmara e do Senado
'Diário Oficial' desta sexta trouxe exonerações a pedido de 10 ministros, que devem retornar aos cargos na próxima semana. Câmara e Senado escolhem novos presidentes neste sábado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exonerou 10 ministros com mandatos parlamentares para que eles participem, neste sábado (1º), das eleições das cúpulas da Câmara dos Deputados e do Senado. Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP) são os favoritos para assumirem pelos próximos dois anos as presidências da Câmara e do Senado, respectivamente. Assinadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as exonerações dos ministros foram publicadas na edição desta sexta-feira (31) do "Diário Oficial da União", válidas a partir do sábado. Nos atos, consta que os ministros foram exonerados "a pedido", quando a autoridade solicita a saída. O acordo com Lula é que os ministros retornem aos cargos na próxima semana. Novos presidentes da Câmara e do Senado serão eleitos Senado: Carlos Fávaro (PSD-MT) - Agricultura Wellington Dias (PT-PI) - Desenvolvimento Social Camilo Santana (PT-CE) - Educação Câmara dos Deputados Alexandre Padilha (PT-SP) - Relações Institucionais Juscelino Filho (União-MA) - Comunicações Paulo Teixeira (PT-SP) - Desenvolvimento Agrário André Fufuca (PP-MA) - Esportes Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) - Portos e Aeroportos Celso Sabino (União-PA) - Turismo Luiz Marinho (PT-SP) - Trabalho Três ministros não vão votar Lula não exonerou as ministras Marina Silva (Meio Ambiente) e Sônia Guajajara (Povos Indígenas), que são deputadas, e o ministro Renan Filho (Transportes), que é senador. Segundo sua assessoria, Renan Filho optou por não deixar o cargo porque já tinha compromisso familiar agendado. No caso de Marina e Guajajara, a GloboNews apurou que a decisão de não exonerar as duas ministras foi acordada com Lula. O presidente queria evitar as manchetes dizendo que algum ministro seu votou contra a orientação do governo – o Planalto fechou apoio a Motta e Alcolumbre. Sônia é filiada ao PSOL, e Marina, à Rede. O PSOL tem um candidato próprio, o deputado Pastor Henrique Vieira (RJ). Já a Rede, que tem um único deputado na Casa — Tulio Gadelha (PE) — apoia Motta. O problema é que PSOL e Rede formam uma federação. Caso Marina votasse em Motta, isso poderia gerar um constrangimento entre as duas siglas que estão federadas.