Segurança, sustentabilidade e inclusão do TI: 3 tendências tech para empresas

O desenvolvimento tecnológico é uma prioridade inegável para as empresas em 2025. Essa afirmação é corroborada por uma pesquisa do Fórum Econômico Mundial (WEF, sigla em inglês), que revela que a maioria dos empregadores considera a expansão do acesso digital uma das principais tendências que moldarão os negócios até 2030. Clique e siga o Canaltech no WhatsApp 3 tendências de desenvolvimento de software para 2025, segundo o GitHub Alta procura e pouca qualificação: mercado de TI vai enfrentar desafios em 2025 O levantamento ainda aponta que oito em cada dez respondentes esperam que a inteligência artificial (IA) e tecnologia de processamento de informações terão o maior impacto em suas empresas nos próximos cinco anos.  Segurança é uma das principais tendências Para além da expansão do acesso à tecnologia, também há preocupações relacionadas à segurança frente ao seu rápido avanço. Outra pesquisa feita pela ManageEngine, empresa de gestão de segurança e operações em TI, indicou que mais da metade das entidades entrevistadas sofreram violações de cibersegurança que foram bem-sucedidas em 2024.  -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Para o vice-presidente da empresa de software CI&T, Leandro Ângelo, o investimento em tecnologias de segurança de ponta, como XDR e SOAR, se tornou prioridade na empresa e continua forte em 2025.  “Também mantemos o ideal “mindset Zero Trust” [confiança zero] e utilizamos a inteligência artificial generativa para analisar grandes volumes de dados de segurança para identificar padrões e anomalias de forma mais eficiente”, adiciona Ângelo. 'AI FIRST' na segurança e em outros espaços Leandro Ângelo explica que 85% dos times da CI&T fazem uso de IA diariamente. “O uso não é feito somente pelos nossos times de tecnologia, mas também nas demais áreas como marketing, pessoas e financeiro. É um passo importante para uma empresa com mindset AI first”, explica.  A CI&T segue a tendência já enunciada por diversas pesquisas e realçada pelo relatório do WEF. A organização indicou uma adoção de IA tímida de empresas desde 2023, porém há projeções de crescimento rápido liderado pelo segmento de tecnologia da informação, mas ainda desigual entre os setores. O WEF também apontou que especialistas em cibersegurança serão cada vez mais demandados (Imagem: DC Studio/Freepik) Capacitações em segurança cibernética são essenciais As estratégias para mitigar os riscos na segurança e uso de IA são diversas. O WEF, em seu estudo, indicou um aumento da demanda por habilidades e cargos relacionados à segurança.  O presidente da ManageEngine, Rajesh Ganesan, apontou a importância do acesso dos colaboradores à ferramentas e serviços de autoatendimento adequados. Isso porque, o maior desafio é a falta de preparo dos funcionários e  os processos mal definidos.  O VP da CI&T, aponta o investimento em capacitações em segurança como “prioridade máxima” na agenda da empresa. “Temos investimentos contínuos nesses treinamentos focados em segurança em nuvem, testes de penetração, resposta a incidentes, DevSecOps, análise de malwares e conscientização sobre phishing”, explica. Sustentabilidade alinhada à tecnologia Outro ponto crucial que envolve a tecnologia é a sustentabilidade. No levantamento feito pelo WEF, cerca de 41% dos empregadores entrevistados acreditam que a aplicação de investimentos de adaptação para as mudanças climáticas vai gerar transformações significativas nos negócios.  O relatório traz a mitigação dos efeitos da mudança climática como um fator de transformação do mercado na América Latina. No Brasil, os investimentos em data centers, por exemplo, causam animação, mas também preocupação.  Data centers e consumo de energia O CEO da CPFL, Gustavo Estrella, trouxe um ponto de atenção aos empregadores do mercado de data centers que enfrentarão um acesso reduzido à rede elétrica no país. A análise foi feita no evento Latin America Investment Conference 2025, que aconteceu na última terça-feira (27).  O alerta feito por Estrella remonta ao receio de que a operação de data centers ligados à IA possa ser reduzida devido à indisponibilidade de rede. Isso porque esse mercado exige grande investimento em infraestrutura elétrica.  O mercado de data centers exige grande investimento em infraestrutura elétrica (Imagem: İsmail Enes Ayhan/Unsplash) Essa necessidade de expansão também impacta outros pontos, como demanda de água e emissões de gases do efeito estufa. Por isso, grandes empresas atuantes no Brasil buscam medidas sustentáveis de investimentos para expansão do setor no país.  Em setembro de 2024, a Amazon Web Services (AWS) anunciou um investimento de R$ 10 bilhões até 2034 em expansão, construção e operação de data centers no Brasil. Frente aos desafios energéticos, o diretor para o setor público da AWS, Paulo Cunha, explica que a empresa, antes de definir in

Fev 2, 2025 - 17:11
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Segurança, sustentabilidade e inclusão do TI: 3 tendências tech para empresas

O desenvolvimento tecnológico é uma prioridade inegável para as empresas em 2025. Essa afirmação é corroborada por uma pesquisa do Fórum Econômico Mundial (WEF, sigla em inglês), que revela que a maioria dos empregadores considera a expansão do acesso digital uma das principais tendências que moldarão os negócios até 2030.

O levantamento ainda aponta que oito em cada dez respondentes esperam que a inteligência artificial (IA) e tecnologia de processamento de informações terão o maior impacto em suas empresas nos próximos cinco anos. 

Segurança é uma das principais tendências

Para além da expansão do acesso à tecnologia, também há preocupações relacionadas à segurança frente ao seu rápido avanço. Outra pesquisa feita pela ManageEngine, empresa de gestão de segurança e operações em TI, indicou que mais da metade das entidades entrevistadas sofreram violações de cibersegurança que foram bem-sucedidas em 2024. 

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Para o vice-presidente da empresa de software CI&T, Leandro Ângelo, o investimento em tecnologias de segurança de ponta, como XDR e SOAR, se tornou prioridade na empresa e continua forte em 2025. 

“Também mantemos o ideal “mindset Zero Trust” [confiança zero] e utilizamos a inteligência artificial generativa para analisar grandes volumes de dados de segurança para identificar padrões e anomalias de forma mais eficiente”, adiciona Ângelo.

'AI FIRST' na segurança e em outros espaços

Leandro Ângelo explica que 85% dos times da CI&T fazem uso de IA diariamente. “O uso não é feito somente pelos nossos times de tecnologia, mas também nas demais áreas como marketing, pessoas e financeiro. É um passo importante para uma empresa com mindset AI first”, explica. 

A CI&T segue a tendência já enunciada por diversas pesquisas e realçada pelo relatório do WEF. A organização indicou uma adoção de IA tímida de empresas desde 2023, porém há projeções de crescimento rápido liderado pelo segmento de tecnologia da informação, mas ainda desigual entre os setores.

DC Studio/Freepik
O WEF também apontou que especialistas em cibersegurança serão cada vez mais demandados (Imagem: DC Studio/Freepik)

Capacitações em segurança cibernética são essenciais

As estratégias para mitigar os riscos na segurança e uso de IA são diversas. O WEF, em seu estudo, indicou um aumento da demanda por habilidades e cargos relacionados à segurança. 

O presidente da ManageEngine, Rajesh Ganesan, apontou a importância do acesso dos colaboradores à ferramentas e serviços de autoatendimento adequados. Isso porque, o maior desafio é a falta de preparo dos funcionários e  os processos mal definidos. 

O VP da CI&T, aponta o investimento em capacitações em segurança como “prioridade máxima” na agenda da empresa. “Temos investimentos contínuos nesses treinamentos focados em segurança em nuvem, testes de penetração, resposta a incidentes, DevSecOps, análise de malwares e conscientização sobre phishing”, explica.

Sustentabilidade alinhada à tecnologia

Outro ponto crucial que envolve a tecnologia é a sustentabilidade. No levantamento feito pelo WEF, cerca de 41% dos empregadores entrevistados acreditam que a aplicação de investimentos de adaptação para as mudanças climáticas vai gerar transformações significativas nos negócios. 

O relatório traz a mitigação dos efeitos da mudança climática como um fator de transformação do mercado na América Latina. No Brasil, os investimentos em data centers, por exemplo, causam animação, mas também preocupação. 

Data centers e consumo de energia

O CEO da CPFL, Gustavo Estrella, trouxe um ponto de atenção aos empregadores do mercado de data centers que enfrentarão um acesso reduzido à rede elétrica no país. A análise foi feita no evento Latin America Investment Conference 2025, que aconteceu na última terça-feira (27). 

O alerta feito por Estrella remonta ao receio de que a operação de data centers ligados à IA possa ser reduzida devido à indisponibilidade de rede. Isso porque esse mercado exige grande investimento em infraestrutura elétrica.

İsmail Enes Ayhan/Unsplash
 O mercado de data centers exige grande investimento em infraestrutura elétrica (Imagem: İsmail Enes Ayhan/Unsplash)

Essa necessidade de expansão também impacta outros pontos, como demanda de água e emissões de gases do efeito estufa. Por isso, grandes empresas atuantes no Brasil buscam medidas sustentáveis de investimentos para expansão do setor no país. 

Em setembro de 2024, a Amazon Web Services (AWS) anunciou um investimento de R$ 10 bilhões até 2034 em expansão, construção e operação de data centers no Brasil.

Frente aos desafios energéticos, o diretor para o setor público da AWS, Paulo Cunha, explica que a empresa, antes de definir investimentos em novos data centers, faz uma análise detalhada que contempla a disponibilidade de energia renovável e o impacto ambiental.

“O parque solar de 122 MW no interior de São Paulo com investimento de R$ 2 milhões em programas de proteção ambiental durante as fases de construção; e um parque eólico de 49,5 MW, localizado dentro do Complexo Eólico Seridó, no interior do Rio Grande do Norte, são investimentos para a nossa estratégia para energia renovável”, elencou o executivo. 

TI em destaque nas empresas

O relatório da WEF destacou cargos de tecnologia promissores para os próximos anos. Os cinco principais empregos que mais estão crescendo entre 2025 e 2030 são:

  1. Especialista em Big Data;
  2. Engenheiros de FinTech;
  3. Especialista em machine learning;
  4. Desenvolvedor de software e aplicativos;
  5. Especialista em gerenciamento de segurança. 

Frente aos resultados do relatório, profissionais da área da tecnologia da informação são cada vez mais necessários. O CEO da ManageEngine apontou que cargos desse setor serão primordiais em diretorias administrativas. 

“Empresas modernas são movidas por TI, que agora ocupa um lugar estratégico na gestão. Qualquer falha que cause interrupções nos serviços pode gerar grandes impactos nos negócios”, ressalta Rajesh.

O VP da CI&T aponta que especialistas em cibersegurança são peças centrais para toda liderança executiva. “Basta observarmos os casos de mercado onde invasões resultaram em grandes prejuízos para marcas e clientes. Hoje, a cibersegurança está diretamente ligada ao negócio, independentemente do setor”, adiciona Ângelo. 

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