WRC: Como a Toyota venceu o Rali de Monte Carlo…

No último e imprevisível dia do Rali de Monte Carlo, a escolha de pneus foi decisiva e manteve todos em tensão. Apesar da pressão de Adrien Fourmaux, que reduziu para metade a vantagem de Sébastien Ogier antes do mítico Col du Turini, as condições traiçoeiras e uma aposta certeira da Toyota garantiram que o rali […] The post WRC: Como a Toyota venceu o Rali de Monte Carlo… first appeared on AutoSport.

Jan 26, 2025 - 18:39
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WRC: Como a Toyota venceu o Rali de Monte Carlo…

No último e imprevisível dia do Rali de Monte Carlo, a escolha de pneus foi decisiva e manteve todos em tensão. Apesar da pressão de Adrien Fourmaux, que reduziu para metade a vantagem de Sébastien Ogier antes do mítico Col du Turini, as condições traiçoeiras e uma aposta certeira da Toyota garantiram que o rali mais difícil da temporada terminasse com a ordem inalterada, confirmando o domínio dos homens da frente.

As condições da estrada e a escolha de pneus são sempre traiçoeiras e a Toyota, tal como a Hyundai tiveram que correr riscos no último dia de prova, mas a balança tinha que pender para um dos lados. Tendo que escolher pneus para toda a secção final e depois de ter chegado ao último dia com 20.3s de avanço, bastava uma má escolha para virar o tabuleiro, mas apesar de Adrien Fourmaux ter cortado para metade o avanço à entrada do Turini, tudo dependeria de como aí estivessem as condições e a Toyota apanhou um susto.

Sabiam que havia gelo, mas também sabiam que o troço e a montanha estavam bem expostos ao sol, contudo, é impossível ter a certeza se seca ou não seca. Tem que se apostar num ‘cavalo’ e esperar pela corrida.

A grande maioria do troço estava seco, e bem seco, mas bastou o facto de 3 Km antes do Col du Turini, escondidos pelas árvores se terem mantido gelados, foi mais do que suficiente para que Adrien Fourmaux, o único entre os homens da frente que tinha quatro pneus super macios, não poder arriscar, porque eram bons na parte seca, mas no gelo simplesmente iria perder o dobro do que ganhava no resto do troço. Por isso, Fourmaux teve que cruzar pneus e com isso todos ficaram com pneus semelhantes, ou melhor, Fourmaux ficou sem pneus para fazer a diferença, porque esperava o troço seco e esteve não secou. Se tivesse secado, a Toyota tinha perdido o rali, porque Fourmaux iria fazer o mesmo que fez na PEC 17 e provavelmente ganharia a Ogier o tempo que precisava para vencer o rali. É que Elfyn Evans nem era tema.

Isto era a teoria, porque a realidade foi que nem Evans, Fourmaux conseguiu bater. A ordem ficou a mesmo que estava e os homens da Toyota até ficaram na frente da PowerStage.

Também Ott Tanak acabou por perder para Kalle Rovanpera, porque o estónio fez uma escolha de dois pneus de cada composto, para estar sempre meio-certo em todo o lado, mas acabou por ser errado, porque quem arriscou do lado da Toyota, acertou na mouche. E quem assistiu, referiu momentos tensos nessa fase antes dos carros saírem da assistência, o que significa que a Toyota não tinha certezas e houve hesitações. Felizmente, acertaram.

Quem viu a entrevista de Kaj Lindstrom à WRC TV percebeu o nervosismo.

Desta vez, correu bem. E este era o rali mais difícil do ano neste particular, pois nos restantes nunca há tanta latitude nas escolhas que faça o piloto que segue em terceiros ‘dar’ uma média de 20 segundos aos dois pilotos da frente num só troço como sucedeu na PEC 17 do Rali de Monte Carlo.The post WRC: Como a Toyota venceu o Rali de Monte Carlo… first appeared on AutoSport.