Taurina: aliada ou vilã da saúde cardíaca? Estudo responde

E se um suplemento amplamente recomendado para a saúde do coração pudesse, na verdade, aumentar o risco de um ataque cardíaco? Essa hipótese intrigante surge a partir de uma recente pesquisa que investiga os efeitos da taurina, um aminoácido popular encontrado em bebidas energéticas e suplementos alimentares. Apesar de sua fama como potencial protetor cardiovascular, […]

Fev 4, 2025 - 01:20
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Taurina: aliada ou vilã da saúde cardíaca? Estudo responde

Pesquisa desafia a crença amplamente difundida de que a taurina tem apenas efeitos benéficos sobre o sistema cardiovascular – Valtteri/Depositphotos

E se um suplemento amplamente recomendado para a saúde do coração pudesse, na verdade, aumentar o risco de um ataque cardíaco? Essa hipótese intrigante surge a partir de uma recente pesquisa que investiga os efeitos da taurina, um aminoácido popular encontrado em bebidas energéticas e suplementos alimentares.

Apesar de sua fama como potencial protetor cardiovascular, cientistas agora alertam para um efeito colateral inesperado: a taurina pode desestabilizar placas ateroscleróticas, tornando-as mais propensas a se romperem e, consequentemente, aumentando os riscos de infarto e derrame em certos cenários.

O estudo que desafia o consenso

Publicada no Journal of Exploratory Research in Pharmacology, essa pesquisa desafia a crença amplamente difundida de que a taurina tem apenas efeitos benéficos sobre o sistema cardiovascular.

O estudo, conduzido por cientistas de diversas instituições em Nanquim, China, revelou que, embora a taurina tenha reduzido o tamanho das placas arteriais em camundongos, paradoxalmente, também comprometeu sua estabilidade. O risco está justamente na maior propensão dessas placas a se romperem, o que pode levar a eventos cardiovasculares graves.

O perigo oculto das placas ateroscleróticas

A aterosclerose é uma das principais causas de morte no mundo, caracterizando-se pelo acúmulo de placas de gordura nas artérias. Essas placas podem endurecer e estreitar os vasos sanguíneos, prejudicando a circulação para órgãos vitais. No entanto, o verdadeiro perigo ocorre quando essas placas se tornam instáveis e se rompem, desencadeando ataques cardíacos e derrames.