Sistema de alertas da Protecção Civil deixa de fora os clientes DIGI

O arcaico sistema de alertas via SMS usado em Portugal pela Protecção Civil mostra mais uma das suas fraquezas, não abrangendo os cidadãos com serviço DIGI. O uso de SMS tradicionais para o envio de alertas de emergência já revelou, por múltiplas vezes, não ser adequado para a função. Os alertas podem demorar horas a chegar a todas as pessoas, ou serem falsificados. Algo que se torna ainda mais ridículo quando se sabe que a rede móvel tem, desde as suas origens, um mecanismo feito mesmo à medida para esta tarefa, o Cell Broadcast - que assegura que as mensagens cheguem até a quem não tenha um cartão SIM no seu telemóvel. Outro dos grandes problemas do sistema usado por cá, é que isso obriga a ter contratos individuais com cada operadora, e há umas que se arriscam a ficar de fora, como parece acontecer com a DIGI - como relata Ricardo José Saraiva. Todos os anos tem existido por parte da Protecção Civil uma insistência na renovação de SMS em Massa com as 3 operadoras móveis para uma solução de Public Warning System que não é eficiente nem eficaz. O último contrato foi realizado em Janeiro deste ano. Como se pode constactar a DIGI Portugal não se encontra na lista de operadoras a fornecer este tipo de Public Warning System obsoleto e que tem saído bem caro aos contribuintes Portugueses. Se a Protecção Civil tivesse optado desde o início pela implementação de um Public Warning utilizando o Cell Broadcast recorrendo a uma Topologia Centralizada, os clientes da Digi receberiam o aviso da ANEPC nos seus telemóveis / smartphones e outros dispositivos numa questão de segundos. A responsabilidade não é da Digi, mas sim de quem insiste em manter ano após ano este sistema obsoleto extremamente dispendioso, quando por exemplo a maioria dos Países possui e recorre ao Cell Broadcast para avisar os seus cidadãos. Ou seja, não só os portugueses têm que lidar com a possibilidade de só receberem alertas de emergência horas depois da emergência já ter ocorrido, como ainda se arriscam a não ver qualquer alerta se não fizerem parte dos clientes dos "três grandes".

Jan 26, 2025 - 17:45
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Sistema de alertas da Protecção Civil deixa de fora os clientes DIGI
O arcaico sistema de alertas via SMS usado em Portugal pela Protecção Civil mostra mais uma das suas fraquezas, não abrangendo os cidadãos com serviço DIGI.

O uso de SMS tradicionais para o envio de alertas de emergência já revelou, por múltiplas vezes, não ser adequado para a função. Os alertas podem demorar horas a chegar a todas as pessoas, ou serem falsificados. Algo que se torna ainda mais ridículo quando se sabe que a rede móvel tem, desde as suas origens, um mecanismo feito mesmo à medida para esta tarefa, o Cell Broadcast - que assegura que as mensagens cheguem até a quem não tenha um cartão SIM no seu telemóvel.

Outro dos grandes problemas do sistema usado por cá, é que isso obriga a ter contratos individuais com cada operadora, e há umas que se arriscam a ficar de fora, como parece acontecer com a DIGI - como relata Ricardo José Saraiva.

Todos os anos tem existido por parte da Protecção Civil uma insistência na renovação de SMS em Massa com as 3 operadoras móveis para uma solução de Public Warning System que não é eficiente nem eficaz. O último contrato foi realizado em Janeiro deste ano.

Como se pode constactar a DIGI Portugal não se encontra na lista de operadoras a fornecer este tipo de Public Warning System obsoleto e que tem saído bem caro aos contribuintes Portugueses.

Se a Protecção Civil tivesse optado desde o início pela implementação de um Public Warning utilizando o Cell Broadcast recorrendo a uma Topologia Centralizada, os clientes da Digi receberiam o aviso da ANEPC nos seus telemóveis / smartphones e outros dispositivos numa questão de segundos.

A responsabilidade não é da Digi, mas sim de quem insiste em manter ano após ano este sistema obsoleto extremamente dispendioso, quando por exemplo a maioria dos Países possui e recorre ao Cell Broadcast para avisar os seus cidadãos.

Ou seja, não só os portugueses têm que lidar com a possibilidade de só receberem alertas de emergência horas depois da emergência já ter ocorrido, como ainda se arriscam a não ver qualquer alerta se não fizerem parte dos clientes dos "três grandes".