Sífilis adquirida e congênita: diferenças, sintomas e tratamento
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. De acordo com os dados mais recentes do painel epidemiológico da doença no Brasil, compilados pelo Ministério da Saúde, em 2023 o número de casos confirmados da doença foi de 242.860, o maior desde que os números passaram a ser computados, em 2010. Clique e siga o Canaltech no WhatsApp As várias causas da enxaqueca, sintomas e como tratar Adultos diagnosticados com TDAH podem ter expectativa de vida reduzida O grupo mais afetado é o dos homens na faixa dos 30 aos 39 anos, somando 55.592 dos casos. As mulheres dessa mesma faixa etária também são as mais afetadas dentre todas as outras, com um total de 32.973 casos. Dentre todos diagnosticados com a doença naquele ano, 61% eram homens e 39% mulheres. Para esclarecer as principais dúvidas sobre o tema, o Canaltech conversou com Marcia Terra Cardial, ginecologista e Presidente da ABPTGIC (Associação Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia). Confira as respostas para as seguintes perguntas: -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- O que é a sífilis? O que ela causa? Tem cura? Como se dá a sífilis congênita? 5. Quais os riscos da sífilis congênita para o bebê? 1. O que é a sífilis? A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria denominada Treponema pallidum. "Está bactéria pode ser detectada por exame de sangue ou de material colhido da lesão quando houve", diz Marcia. Ela pode ser adquirida por três vias: Sexual: contato com a lesão de sífilis, em geral por meio de relação sexual desprotegida sem preservativo. Congênita: mãe para o bebê na gestação ou parto. Transfusão de sangue: muito rara. 2. O que ela causa? A médica explica ainda que a sífilis pode evoluir para quatro estágios, cada um com sintomas diferentes. Na sífilis primária aparece uma lesão, comumente uma úlcera indolor na vulva, vagina, ânus ou pênis que se cura sozinha, chamada cancro duro. Parece que houve cura espontânea, mas a doença evolui silenciosamente. Na secundária aparecem sintomas como febre e manchas vermelhas nas plantas das mãos ou pés. Estes sintomas também podem desaparecer e a doença continua evoluindo se não for tratada. Em fase latente, a bactéria continua presente, porém sem sintomas. Pode durar anos. Por último, na fase terciária aparecem doenças mais graves nos ossos, cérebro, sistema nervoso ou cardiovascular; como AVC, demência e deformidades ósseas. 3. Tem cura? Sim, a sífilis tem cura e ela ocorre por meio do tratamento com uso do antibiótico chamado penicilina benzatina. 4. Como se dá a sífilis congênita? "A sífilis congênita ocorre quando a gestante não é diagnosticada nem tratada e transmite a bactéria para o feto pela placenta. Isso pode acontecer em qualquer período da gestação. Entretanto, se for tratada antes da 16ª semana, os riscos para o bebê são menores", afirma Márcia. 5. Quais os riscos da sífilis congênita para o bebê? A bactéria aumenta os riscos de sequelas graves ao bebê, aborto, parto prematuro e do feto nascer morto. "Os sinais e sintomas podem aparecer ao nascer ou meses depois, como: surdez, icterícia, aumento do fígado ou baco, hidrocefalia, déficits intelectuais e doenças neurológicas", finaliza a ginecologista. Leia também: Traumas na infância causam problemas de saúde mental em adolescentes brasileiros Porque você não deve coçar irritações na pele VÍDEO: Testamos o "mini ar-condicionado" da Shopee: funciona mesmo ou é golpe? Leia a matéria no Canaltech.
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. De acordo com os dados mais recentes do painel epidemiológico da doença no Brasil, compilados pelo Ministério da Saúde, em 2023 o número de casos confirmados da doença foi de 242.860, o maior desde que os números passaram a ser computados, em 2010.
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- Adultos diagnosticados com TDAH podem ter expectativa de vida reduzida
O grupo mais afetado é o dos homens na faixa dos 30 aos 39 anos, somando 55.592 dos casos. As mulheres dessa mesma faixa etária também são as mais afetadas dentre todas as outras, com um total de 32.973 casos.
Dentre todos diagnosticados com a doença naquele ano, 61% eram homens e 39% mulheres. Para esclarecer as principais dúvidas sobre o tema, o Canaltech conversou com Marcia Terra Cardial, ginecologista e Presidente da ABPTGIC (Associação Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia). Confira as respostas para as seguintes perguntas:
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- O que é a sífilis?
- O que ela causa?
- Tem cura?
- Como se dá a sífilis congênita?
- 5. Quais os riscos da sífilis congênita para o bebê?
1. O que é a sífilis?
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria denominada Treponema pallidum. "Está bactéria pode ser detectada por exame de sangue ou de material colhido da lesão quando houve", diz Marcia.
Ela pode ser adquirida por três vias:
- Sexual: contato com a lesão de sífilis, em geral por meio de relação sexual desprotegida sem preservativo.
- Congênita: mãe para o bebê na gestação ou parto.
- Transfusão de sangue: muito rara.
2. O que ela causa?
A médica explica ainda que a sífilis pode evoluir para quatro estágios, cada um com sintomas diferentes.
- Na sífilis primária aparece uma lesão, comumente uma úlcera indolor na vulva, vagina, ânus ou pênis que se cura sozinha, chamada cancro duro. Parece que houve cura espontânea, mas a doença evolui silenciosamente.
- Na secundária aparecem sintomas como febre e manchas vermelhas nas plantas das mãos ou pés. Estes sintomas também podem desaparecer e a doença continua evoluindo se não for tratada.
- Em fase latente, a bactéria continua presente, porém sem sintomas. Pode durar anos.
- Por último, na fase terciária aparecem doenças mais graves nos ossos, cérebro, sistema nervoso ou cardiovascular; como AVC, demência e deformidades ósseas.
3. Tem cura?
Sim, a sífilis tem cura e ela ocorre por meio do tratamento com uso do antibiótico chamado penicilina benzatina.
4. Como se dá a sífilis congênita?
"A sífilis congênita ocorre quando a gestante não é diagnosticada nem tratada e transmite a bactéria para o feto pela placenta. Isso pode acontecer em qualquer período da gestação. Entretanto, se for tratada antes da 16ª semana, os riscos para o bebê são menores", afirma Márcia.
5. Quais os riscos da sífilis congênita para o bebê?
A bactéria aumenta os riscos de sequelas graves ao bebê, aborto, parto prematuro e do feto nascer morto.
"Os sinais e sintomas podem aparecer ao nascer ou meses depois, como: surdez, icterícia, aumento do fígado ou baco, hidrocefalia, déficits intelectuais e doenças neurológicas", finaliza a ginecologista.
Leia também:
- Traumas na infância causam problemas de saúde mental em adolescentes brasileiros
- Porque você não deve coçar irritações na pele
VÍDEO: Testamos o "mini ar-condicionado" da Shopee: funciona mesmo ou é golpe?
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