Quem escreve artigos no Polígrafo não paga salários
No dia 14, o Polígrafo fez uma verificação de factos (“fact-check”) à afirmação de João Cotrim Figueiredo, líder do Iniciativa Liberal, sobre o Estado ficar com mais de um terço do salário médio. Classificou como falso. Ficou claro que quem fez os cálculos fact-check nunca pagou salários. Para uma empresa, o custo salarial de um … Continuar a ler Quem escreve artigos no Polígrafo não paga salários
No dia 14, o Polígrafo fez uma verificação de factos (“fact-check”) à afirmação de João Cotrim Figueiredo, líder do Iniciativa Liberal, sobre o Estado ficar com mais de um terço do salário médio. Classificou como falso.
Ficou claro que quem fez os cálculos fact-check nunca pagou salários. Para uma empresa, o custo salarial de um seu trabalhador não se limita ao valor bruto. Há que contar (sempre!) com a totalidade de contribuições para a Segurança Social. Ou seja, não só os 11% descontados ao salário bruto, mas também os 23,75% sobre essa remuneração base.
Sendo assim, o cálculo correcto, para trabalhador solteiro sem filhos, teria de ser:
- Salário bruto: 1.314,00 euros
- Segurança Social (empresa 23,75%): 312,08 euros
- Custo total para empresa: 1.626,08 euros
- Retenção na fonte IRS (15,6% – 2020): 204,98 euros
- Segurança Social (trabalhador 11%): 144,54 euros
- Carga fiscal (total): 312,08 + 204,98 + 144,54 = 661,60 euros
- Carga fiscal (%): 661,60 / 1.626,08 = 40,69%
No passado dia 12 de Janeiro o Polígrafo juntou-se a consórcio de entidades de verificação de factos numa carta aberta ao YouTube. Nesta, pedem à plataforma de publicação de videos online para que façam maior combate à desinformação. Mas, como este caso é exemplo, quem depois verifica a desinformação dos “verificadores de factos”?