Quais são os móveis de design que aparecem em Ainda Estou Aqui?
Os cenários de Ainda Estou Aqui formam um retrato do design e estética do Brasil nos 1970! Veja alguns móveis que aparecem no filme:
O longa de Walter Salles protagonizado por Fernanda Torres não para de crescer! Segundo dados da Comscore, o filme já foi visto por mais de 3 milhões de espectadores no Brasil e faturou aproximadamente R$ 70 milhões desde a estreia. “Ainda Estou Aqui” venceu algumas das principais premiações da indústria cinematográfica, como Critics Choice, Bafta e Globo de Ouro na categoria de Melhor Filme Internacional.
Onde fica a casa de Ainda Estou Aqui?
Parte importante da história da família Paiva é a residência na Urca. A casa, que fica na esquina da Rua Roquete Pinto com a Avenida João Luís Alves, é o cenário de boa parte dos conflitos vividos por Eunice Paiva. O valor de venda do imóvel é R$ 13,9 milhões e o aluguel mensal custa R$ 65 mil, de acordo com Jone Pereira, gerente da imobiliária JTavares, em entrevista ao UOL.
Mobiliário de Ainda Estou Aqui
Assistindo o longa, você notou peças familiares? Para criar o cenário de uma família apaixonada pelo Brasil, a direção de arte incorporou várias peças assinadas por designers brasileiros, sobretudo o célebre Sergio Rodrigues. Móveis de madeira, estampas, e objetos de cena, como quadros, livros e discos de vinil completam a produção.
Enquanto esperamos e torcemos pelo filme e por Fernanda Torres no Oscar, confira algumas das decorações que aparecem em Ainda Estou Aqui:
Poltrona Mole de Sergio Rodrigues
Criada em 1957, ela não foi muito bem recebida no seu lançamento. Na época, foi chamada de “cama de cachorro”, por suas linhas mais soltas e despojadas. Porém, após um tempo encostada na vitrine da OCA – sua loja -, ela chamou a atenção do governados Carlos Lacerda, que insistiu que ela fosse inscrita em um concurso italiano.
A Poltrona Mole acabou conquistando o primeiro lugar no IV Concurso Internacional do Móvel, em Cantu, Itália, em 1961, e hoje é considerada uma pioneira do mobiliário pós-moderno.
Cadeira Lucio de Sergio Rodrigues
A cadeira Lúcio originalmente chamava-se CD07, porém, após o arquiteto Lúcio Costa comentar “É a primeira cadeira que vejo que tem um espírito brasileiro tradicional e é construção moderna”, Sergio decidiu nomeá-la em sua homenagem.
Trata-se de uma peça com estrutura em madeira maciça e assento em palhinha. Ela aparece na sala de jantar da casa dos Paiva.
Mesa Arimello de Sergio Rodrigues
A mesa de centro da sala de estar da família tem traços similares à peça Arimello, também de Sergio Rodrigues.
Criada em 1958, ela consiste em uma estrutura de madeira onde encaixa-se uma grande bandeja com bordas maciças com acabamento em gofratto ou lâminas de madeira.
Poltrona Leve Oscar Niemeyer
Outra peça popular de Sergio Rodrigues é a Poltrona Leve Oscar Niemeyer. Ela foi concebida em 1956 para o Jockey Clube do Rio de Janeiro. Um belo detalhe são as linhas curvas do encosto, traço característico de Niemeyer, e que apareceriam no Palácio do Planalto na década seguinte. A poltrona tem estrutura em madeira maciça e encosto em palhinha.
Móveis Cimo
A Companhia Industrial de Móveis – a Móveis Cimo S/A – foi uma fábrica de móveis catarinense inaugurada em 1913. Em seu auge, nos anos 1950-1970, ela era uma das principais fábricas de móveis da América Latina. A indústria se focava na produção de peças utilitárias, porém de alta qualidade para casas, cinemas, auditórios e outras repartições públicas. As decorações de Ainda Estou Aqui compartilham muito da estética das peças da Móveis Cimo, com linhas curvas, formas confortáveis e tons provenientes dos diferentes tipos de madeira