Poder, dinheiro, influência e a nova Guerra Fria tecnológica
Não é de hoje que três forças principais parecem moldar os rumos da sociedade: poder, dinheiro e influência. Impossível não observar como esses elementos estão intrinsecamente ligados às dinâmicas globais e ao crescente poder de grandes corporações tecnológicas. Figuras como Elon Musk e movimentos políticos conservadores têm buscado consolidar ainda mais seu alcance. O exemplo do TikTok é emblemático. Apesar de ser uma plataforma de origem chinesa que desafia o monopólio de empresas norte-americanas em... O post Poder, dinheiro, influência e a nova Guerra Fria tecnológica apareceu primeiro em Meio e Mensagem - Marketing, Mídia e Comunicação.
Não é de hoje que três forças principais parecem moldar os rumos da sociedade: poder, dinheiro e influência. Impossível não observar como esses elementos estão intrinsecamente ligados às dinâmicas globais e ao crescente poder de grandes corporações tecnológicas. Figuras como Elon Musk e movimentos políticos conservadores têm buscado consolidar ainda mais seu alcance.
O exemplo do TikTok é emblemático. Apesar de ser uma plataforma de origem chinesa que desafia o monopólio de empresas norte-americanas em redes sociais, o TikTok sofre pressões para ser vendido ou regulado, devido à falta de controle ocidental sobre seus dados e algoritmos. É uma disputa que vai além do dinheiro; é sobre poder e influência global. Essa batalha escancara como os Estados Unidos, outrora vistos como ícones de inovação, agora enfrentam desafios para manter sua hegemonia tecnológica.
O que também preocupa é a concentração de poder em figuras como Elon Musk, que atualmente controla uma frota de mais de 6 mil satélites. Google e Meta juntos têm todos os nossos dados em mãos e um poder de manipulação mundial. Para contextualizar, lembramos que regimes autoritários do passado, como o de Hitler, também ascenderam legalmente antes de consolidar poder absoluto. A lição histórica é clara: o poder centralizado gera impactos devastadores.
O recente lançamento da IA chinesa DeepSeek é outro exemplo dessa disputa. O aplicativo sozinho causou desvalorização de 1 trilhão de reais para os EUA, com código aberto, 70% menos custos operacionais e 90% menos consumo de energia. Ou seja, é possível fazer diferente e fora do monopólio estadunidense. Com certeza não é uma coincidência a nova versão do chatbot ter sido lançada ao público no dia da posse de Trump, sendo chamada pelo mercado de “Momento Sputnik”.
O impacto do techbro e o neocolonialismo digital
A posse de Donald Trump, marcada por uma imagem simbólica ao lado de um verdadeiro cartel da tecnologia — os “techbro”—, é um reflexo da nova revolução industrial que vivemos. O ataque ao TikTok, assim como as tentativas de desacreditar regulamentações europeias e latino-americanas, é um claro exemplo de uma nova forma de Guerra Fria, onde a hegemonia tecnológica substitui as armas tradicionais.
Zuckerberg, ao chamar o Supremo Tribunal Federal brasileiro de “cortes secretas”, expõe não apenas arrogância, mas também o desprezo por iniciativas que buscam regular sua influência. Os EUA, sob liderança conservadora, buscam reafirmar seu papel como “líderes do mundo”. Mas o mundo hoje é mais conectado e interdependente do que nunca. Será que precisamos deles mais do que eles precisam de nós realmente? Essa é uma pergunta que merece reflexão.
Todos sabem que sou a pessoa do diálogo. Mesmo diante de retrocessos, sigo acreditando que empatia e humanidade são ferramentas poderosas para unir as pessoas. No entanto, quando os direitos humanos são atacados e o fascismo emerge, é essencial resistir. Muitas corporações, como Microsoft, Walmart e Meta, estão encerrando suas agendas de ESG (ambiental, social e de governança). Ainda assim, acredito no potencial transformador da diversidade.
A inovação surge da inclusão, e o futuro ainda é feminino e das vozes que promovem a igualdade. O conservadorismo e a masculinidade tóxica que Trump e seus aliados representam são resquícios de um pensamento colonial que nos levou às crises atuais. Precisamos quebrar esse ciclo, responsabilizando os bilionários e as grandes corporações pelos danos que causaram à humanidade e ao meio ambiente.
Mais do que nunca, é hora de unir vozes e exigir que as elites globais paguem por suas escolhas. Precisamos de regulamentações mais fortes, de um movimento global que privilegie a justiça social e ambiental. A resistência não é apenas necessária, é essencial para garantir um futuro mais justo e inclusivo. O mundo não pode mais tolerar o abuso de poder e a ganância desenfreada.
A luta não é apenas contra bilionários ou corporações, mas por um modelo de sociedade onde empatia, diversidade e sustentabilidade sejam os alicerces do progresso. O futuro é coletivo, e é hora de agir.
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