PGR admite “indícios de falsificação” nos despedimentos do Bloco de Esquerda
“Estivemos a estudar as questões. Pareceu-nos que era possível e que havia condições para, pelo menos, averiguar e depois daremos o despacho quando fizemos a investigação”, disse Amadeu Guerra. “Os indícios que também temos são de falsificação, mas isso não significa que que se venha provar. Portanto, o que vamos fazer é investigação, como fazemos […]
“Estivemos a estudar as questões. Pareceu-nos que era possível e que havia condições para, pelo menos, averiguar e depois daremos o despacho quando fizemos a investigação”, disse Amadeu Guerra. “Os indícios que também temos são de falsificação, mas isso não significa que que se venha provar. Portanto, o que vamos fazer é investigação, como fazemos em todas as situações.” As explicações são do Procurador-Geral da República, em declarações aos jornalistas.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu esta quinta-feira um inquérito para investigar o caso dos alegados despedimentos que aconteceram no Bloco de Esquerda (BE). Em concreto, para investigar o caso das trabalhadoras que foram despedidas após terem sido mães e em que dois casos terão sido alvo de contratos-fantasma, como avançou o Observador.
“Confirma-se a instauração de inquérito, o qual corre termos no DIAP de Lisboa“, confirmou a Procuradoria-Geral da República ao mesmo jornal. A notícia dos alegados despedimentos, ocorridos entre 2022 e 2024, tinha sido avançada pela revista Sábado.
O partido liderado por Mariana Mortágua negou ter despedido as cinco trabalhadoras por terem sido recentemente mães, tendo apresentado queixa à Entidade de Regulação da Comunicação Social. Segundo o BE, devido aos resultados das eleições legislativas de 2022, perdeu metade da subvenção mensal que recebia e decidiu reduziu a “cerca de metade a sua rede de sedes e a sua estrutura profissional, em aproximadamente 30 pessoas”