O despertar feminino em “Canina”, novo filme de Amy Adams (Review)

Amy Adams estrela essa curiosa história de uma mulher que se transforma - literalmente - em um cachorro

Jan 26, 2025 - 13:50
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O despertar feminino em “Canina”, novo filme de Amy Adams (Review)

2025 foi um ano com tantas, mas tantas grandes atuações femininas no cinema, que é necessário resignar com as “esquecidas”. Dentre elas é um tanto curioso que Amy Adams tenha ficado de fora do Oscar, mesmo que lembrada pelo Globo de Ouro. Ela é a estrela e alma do curioso Canina, o filme que chegou direto no Disney+ agora no final de janeiro e vale conferir!

Sobre o que é “Canina” 

O filme é inspirado no romance satírico de Rachel Yoder, que aborda de forma ímpar questões muito atuais no universo feminino como maternidade, identidade e os desafios cotidianos de uma família moderna.

Propositalmente, ninguém tem “nome”, justamente para que cada um se identifique com a história: uma mulher (Adams) abandona sua carreira artística para se dedicar integralmente ao lar e à criação de seu filho, enquanto seu marido (Scoot McNairy) está frequentemente ausente por conta das demandas da carreira.

Nesse universo opressor, ela “se transforma em um cachorro”, a Nighbitch do título original. Pode ler novamente, pois é isso mesmo. É metáfora, mas é literal também.

O filme trata de isolamento, transformação e muitos outros tópicos

Por isso, a própria Amy Adams teve dificuldade de explicar, comentando que “trata-se de isolamento, transformação, comunidade, raiva, maternidade, paternidade, sexualidade. Há tanto envolvido que é difícil definir em uma única frase.”

Seria uma espécie de Metamorfose de Kafka atualizado e menos trágico, porque em muitos momentos, ela se vê livre de ter que se comportar como o esperado.

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No filme escrito e dirigido por Marielle Heller, a conexão intrínseca entre os humanos e seus impulsos mais primais é a base de tudo. E no centro está uma das questões mais complexas do universo feminino: a maternidade.

“Não falamos muito sobre se tornar pai ou mãe como o rito de passagem que realmente é. É uma grande transformação de identidade. Para mim, senti-me completamente mudada em um nível celular. Eu não me reconhecia quando olhava no espelho ou no meu casamento, quando meu parceiro e eu nos olhávamos. Tudo mudou de uma forma tão significativa que eu pensava: ‘Por que ninguém fala sobre essa mudança de identidade que acontece quando você se torna pai ou mãe?’, disse a diretora.

Nightbitch: vale a pena assistir?

Um dos lados positivos de uma história até incômoda é que Heller manteve a intimidade claustrofóbica do romance que dá uma curva para imagens gráficas e situações incômodas, mas ter uma atriz com o talento de Amy Adams faz tudo estranhamente funcionar.

Tem drama, surrealismo e comédia, uma viagem inesperada na psique humana (e canina). Como diz o roteirista, Tim Smith, a história é sobre uma viagem emocional: “Desde o início, sempre vimos esse filme como uma descida do céu ao inferno. Um sonho que se torna um pesadelo através da lente de nossa protagonista. Mal podemos esperar para que os fãs do romance e os novos espectadores embarquem nessa jornada.”

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