Ministério Público investiga pacto secreto entre Pinto da Costa e Madureira

O Ministério Público acredita na existência de um pacto secreto entre o ex-dirigente do FCP, Pinto da Costa e o ex-líder dos Super Dragões, Fernando Madureira. Segundo a CNN Portugal, Fernando Madureira terá sido, alegadamente, um testa de ferro a quem Pinto da Costa recorreu para esconder a origem de fundos milionários desviados de forma […]

Jan 23, 2025 - 12:45
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Ministério Público investiga pacto secreto entre Pinto da Costa e Madureira

O Ministério Público acredita na existência de um pacto secreto entre o ex-dirigente do FCP, Pinto da Costa e o ex-líder dos Super Dragões, Fernando Madureira. Segundo a CNN Portugal, Fernando Madureira terá sido, alegadamente, um testa de ferro a quem Pinto da Costa recorreu para esconder a origem de fundos milionários desviados de forma ilícita da esfera do FC Porto. Mais: um relatório da Autoridade Tributária refere-se ao ex-presidente do clube como o verdadeiro dono do património imobiliário do casal Fernando e Sandra Madureira. Poderá estar em causa branqueamento de capitais, por exemplo, na construção de uma luxuosa moradia com piscina em Gaia, por parte do ex-chefe da claque azul e branca.

Em causa a investigação da Operação Prolongamento, com escutas telefónicas a vários protagonistas do universo do FC Porto, aponta para um pacto secreto entre Pinto da Costa e Madureira, que se mantém até hoje: o chefe dos Super Dragões, atualmente em prisão preventiva à espera de julgamento por causa dos incidentes na assembleia geral do clube, nunca perdeu o apoio público do “amigo” Pinto da Costa, que o visitou na prisão. Rosário Teixeira tinha 14 pessoas sob escuta por ligações ao FC Porto: entre eles estavam Pinto da Costa, o filho Alexandre, os empresários Pedro Pinho, Jorge Mendes, Giuliano Bertolucci ou Bruno Macedo, o dirigente do FC Porto Adelino Caldeira ou o casal Fernando e Sandra Madureira.

Fernando MadureiraLusa

Uma auditoria forense realizada pela Deloitte aos últimos 10 anos de governação de Jorge Nuno Pinto da Costa a que o ECO teve acesso revelou um cenário financeiro alarmante, que aponta para uma série de operações que terão lesado o FC Porto em cerca de 60 milhões de euros.

A auditoria forense estima que o FC Porto terá sido lesado em cerca de 50 milhões de euros entre as épocas 2014/2015 e 2023/2024, por conta de ter contratado cerca de 47% de comissões em excesso com transferências de jogadores. A auditoria, que abrangeu o período de 2014/15 a 2023/24, focou-se em três áreas críticas: venda de bilhetes (bilhética), transferências de jogadores e despesas de representação dos membros das administrações de Pinto da Costa.

No campo da bilhética, a auditoria identificou irregularidades graves na venda de bilhetes à claque dos Super Dragões e às Casas do clube. O relatório estima perdas de 5,1 milhões de euros nas cinco épocas analisadas (2017/18, 2018/19, 2021/22, 2022/23 e 2023/24) relacionadas com a comercialização de bilhetes dos jogos da equipa principal.

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