Lula diz que Kassab foi injusto na fala sobre Haddad: 'Acho um ministro extraordinário'

Presidente conversou com jornalistas no Palácio do Planalto, em Brasília. A entrevista sem tema previamente anunciado marca uma mudança na estratégia de comunicação de Lula. Presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversa com jornalistas. Guilherme Mazui/g1 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou nesta quinta-feira (30) a situação envolvendo o presidente do PSD, Gilberto Kassab, que criticou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta (29) chamando-o de “fraco” e afirmando que ele não consegue comandar a economia do país. Segundo Lula, Kassab foi injusto na fala sobre Haddad. Lula também disse que riu sobre outra fala de Kassab sobre Lula não ser reeleito. O presidente também elogiou Haddad dizendo que ele é um ministro extraordinário. "Eu comecei a rir [sobre Kassab]. Quando ele disse se a eleição fosse hoje eu perderia. Eu percebi que a eleição é daqui a. Dois anos, fiquei despreocupado", afirmou Lula. Lula citou que Haddad atuou na PEC da Transição, na definição do novo arcabouço fiscal e na reforma tributária. “Não tem eleição agora, eu estou tranquilo”, afirmou em outro momento. Kassab, que também é secretário de governo em São Paulo, fez essas declarações durante um evento com investidores, destacando a dificuldade de Haddad em se impor no governo. Reforma ministerial e oposição Lula iniciou discussões sobre uma reforma ministerial para fortalecer a base do governo no Congresso. A reforma visa atrair apoio de partidos do Centrão, como o PSD, que buscam mais espaço na Esplanada dos Ministérios. A expectativa é que as mudanças sejam definidas até fevereiro, após o recesso parlamentar. Nesta quinta, o presidente afirmou que não é um tipo de pessoas que "coloca a culpa no outro". A declaração vem depois da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, soltar uma nota dizendo que a decisão desta quarta (29) do Comitê de Política Monetária (Copom), que subiu a taxa Selic em um ponto percentual, já estava tomada na direção anterior do Banco Central. Eleições no Congresso A eleição para a presidência da Câmara e do Senado, marcada para 1º de fevereiro, pode impactar a relação do governo com o Congresso. A mudança de líderes partidários e a escolha de novos coordenadores de bancadas, como a evangélica, são pontos de atenção para o Palácio do Planalto, que busca manter uma base aliada forte para aprovar suas propostas Em reunião ministerial na semana passada, Lula demonstrou preocupação com a pauta. Ele disse que chamaria os ministros para conversar para saber se os partidos deles continuariam apoiando o governo. "Se os Republicanos vão me apoiar ou não, deixa chegar 2026", afirmou Lula. Conversa com jornalistas Lula conversou com jornalistas no Palácio do Planalto, em Brasília. A entrevista sem tema previamente anunciado marca uma mudança na estratégia de comunicação de Lula. Na primeira metade do mandato, o presidente chegou a se reunir com jornalistas do Brasil e de outros países em "cafés" no Planalto, com outro tipo de organização e, em geral, uma pergunta por veículo de imprensa. Há duas semanas, o publicitário Sidônio Palmeira assumiu a Secretaria de Comunicação Social do Planalto, substituindo o deputado Paulo Pimenta (PT-RS).

Jan 30, 2025 - 15:43
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Lula diz que Kassab foi injusto na fala sobre Haddad: 'Acho um ministro extraordinário'

Presidente conversou com jornalistas no Palácio do Planalto, em Brasília. A entrevista sem tema previamente anunciado marca uma mudança na estratégia de comunicação de Lula. Presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversa com jornalistas. Guilherme Mazui/g1 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou nesta quinta-feira (30) a situação envolvendo o presidente do PSD, Gilberto Kassab, que criticou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta (29) chamando-o de “fraco” e afirmando que ele não consegue comandar a economia do país. Segundo Lula, Kassab foi injusto na fala sobre Haddad. Lula também disse que riu sobre outra fala de Kassab sobre Lula não ser reeleito. O presidente também elogiou Haddad dizendo que ele é um ministro extraordinário. "Eu comecei a rir [sobre Kassab]. Quando ele disse se a eleição fosse hoje eu perderia. Eu percebi que a eleição é daqui a. Dois anos, fiquei despreocupado", afirmou Lula. Lula citou que Haddad atuou na PEC da Transição, na definição do novo arcabouço fiscal e na reforma tributária. “Não tem eleição agora, eu estou tranquilo”, afirmou em outro momento. Kassab, que também é secretário de governo em São Paulo, fez essas declarações durante um evento com investidores, destacando a dificuldade de Haddad em se impor no governo. Reforma ministerial e oposição Lula iniciou discussões sobre uma reforma ministerial para fortalecer a base do governo no Congresso. A reforma visa atrair apoio de partidos do Centrão, como o PSD, que buscam mais espaço na Esplanada dos Ministérios. A expectativa é que as mudanças sejam definidas até fevereiro, após o recesso parlamentar. Nesta quinta, o presidente afirmou que não é um tipo de pessoas que "coloca a culpa no outro". A declaração vem depois da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, soltar uma nota dizendo que a decisão desta quarta (29) do Comitê de Política Monetária (Copom), que subiu a taxa Selic em um ponto percentual, já estava tomada na direção anterior do Banco Central. Eleições no Congresso A eleição para a presidência da Câmara e do Senado, marcada para 1º de fevereiro, pode impactar a relação do governo com o Congresso. A mudança de líderes partidários e a escolha de novos coordenadores de bancadas, como a evangélica, são pontos de atenção para o Palácio do Planalto, que busca manter uma base aliada forte para aprovar suas propostas Em reunião ministerial na semana passada, Lula demonstrou preocupação com a pauta. Ele disse que chamaria os ministros para conversar para saber se os partidos deles continuariam apoiando o governo. "Se os Republicanos vão me apoiar ou não, deixa chegar 2026", afirmou Lula. Conversa com jornalistas Lula conversou com jornalistas no Palácio do Planalto, em Brasília. A entrevista sem tema previamente anunciado marca uma mudança na estratégia de comunicação de Lula. Na primeira metade do mandato, o presidente chegou a se reunir com jornalistas do Brasil e de outros países em "cafés" no Planalto, com outro tipo de organização e, em geral, uma pergunta por veículo de imprensa. Há duas semanas, o publicitário Sidônio Palmeira assumiu a Secretaria de Comunicação Social do Planalto, substituindo o deputado Paulo Pimenta (PT-RS).