Jovem que usava vape equivalente a 50 cigarros por dia recebe diagnóstico “chocante” após tossir “litros” de sangue

Aos 12 anos, Jayden Richardson começou a usar cigarros eletrônicos para se enturmar com colegas. Cinco anos depois, o hábito quase custou sua saúde. O jovem de Shropshire, na Inglaterra, chegou a consumir uma quantidade de vape equivalente a 50 cigarros tradicionais por dia — até que seu corpo deu um sinal alarmante durante uma viagem em família.

Tudo aconteceu em agosto de 2023, durante as férias na Turquia. No último dia da viagem, Jayden, então com 17 anos, acordou com uma leve dor no peito. Sem pensar muito, usou seu vape pela manhã, como de costume. Minutos depois, tossiu e percebeu pequenos traços de sangue. “Não parecia grave”, contou o adolescente. Horas mais tarde, porém, ao entrar na piscina do hotel, a situação se agravou.

Ele disse que começou a usar cigarros eletrônicos para “se enturmar”. (Kennedy News and Media)

“Comecei a tossir sangue em grande quantidade. Foi assustador, ainda mais tão jovem”, relatou Jayden. O episódio durou cerca de 10 minutos, com perdas significativas de sangue. A família retornou ao Reino Unido, e ele foi levado às pressas para um hospital em Birmingham. Inicialmente, os médicos suspeitaram de uma úlcera estomacal, já que sua mãe, Elita, associou os sintomas à alimentação pesada da viagem.

Os raios X dos pulmões não mostraram anormalidades, mas uma endoscopia revelou a verdade chocante: danos pulmonares graves, incomuns para alguém de sua idade. “O médico disse que nunca viu tantos danos em um adolescente. Foi diagnosticado como ‘vaping excessivo’”, explicou Elita. A família ficou em choque. Jayden foi medicado e parou de usar cigarros eletrônicos imediatamente.

Porém, meses depois, em 10 de janeiro — dia de seu aniversário de 18 anos —, o jovem decidiu dar “apenas algumas tragadas” em um vape, pensando que o pior já havia passado. Minutos depois, a tosse com sangue retornou. “Achei que o corpo estaria curado, mas me enganei. O dano voltou fácil demais”, admitiu. Desde então, Jayden enfrenta dores frequentes e aguarda uma tomografia para avaliar a extensão dos prejuízos.

O caso expõe riscos pouco discutidos do vaping, especialmente entre jovens. Jayden começou a usar os dispositivos influenciado por amigos, sem imaginar as consequências. “É uma loucura como isso é perigoso. Você não percebe no início, mas o efeito a longo prazo é devastador”, alertou.

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Apesar de campanhas publicitárias associarem cigarros eletrônicos a um “mal menor”, especialistas alertam que o vape contém substâncias como nicotina, propilenoglicol e aromatizantes, que irritam as vias respiratórias e podem causar inflamações crônicas. No caso de Jayden, o acúmulo de uso por anos resultou em sangramentos e lesões diretas nos pulmões.

Hoje, o adolescente faz um apelo: “Se pudesse voltar no tempo, diria a mim mesmo para nunca tocar nisso”. Sua história serve de alerta para um hábito que vem crescendo entre adolescentes, muitas vezes subestimado. Jayden ainda aguarda novos exames, mas já prometeu: os cigarros eletrônicos não farão mais parte de sua vida.

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