EUA queriam que brasileiros fossem acorrentados novamente para ir de Manaus a BH, diz PF
Polícia Federal espera encerrar em até 60 dias investigação sobre tratamento dado a brasileiros deportados. PF: coletamos imagens de vídeo do aeroporto Os Estados Unidos exigiram que os brasileiros deportados que pousaram em Manaus na sexta-feira (24) fossem novamente algemados para concluir a viagem até Belo Horizonte, revelou o superintendente da Polícia Federal no Amazonas, João Paulo Garrido Pimentel, em entrevista ao Estúdio i nesta segunda-feira (27). ➡️Este foi o primeiro voo com deportados depois da posse de Trump. A aeronave precisou pousar em Manaus para reabastecer. Mas, na capital do Amazonas, houve um desentendimento entre passageiros e a tripulação por problemas no ar condicionado da aeronave, fretada pelo governo americano. "Nós nos deparamos com a maior parte dos brasileiros com algemas nos pés e mãos, alguns só tinham nos pés, mas a maioria estava nessa condição. Aquelas imagens que circularam, de alguns passageiros ainda com algemas no solo brasileiro se deslocando para nossa área restrita, com ar-condicionado, infraestrutura, se deu realmente por conta do desespero e pavor que alguns estavam diante da exigência das autoridades norte americanas que os brasileiros ingressassem posteriormente na aeronave novamente algemados e acorrentados", contou Pimentel. O superintendente relatou que entrou em contato com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, que acionou o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que determinou que nenhum brasileiro seria acorrentado de novo. O presidente Lula pediu um voo da FAB para transportá-los de Manaus para Confins, como revelou este blog. A PF instaurou um procedimento para apurar o tratamento dado aos brasileiros deportados. Segundo Pimentel, a expectativa é concluir a investigação em 30 a 60 dias. "A Polícia Federal foi acionada por volta de 18h30 na sexta-feira para atender uma situação de crise. Ao chegar a essa aeronave foi detectada uma situação de desespero e pavor por parte dos repatriados brasileiros. A primeira providência da equipe da PF foi gerenciar a crise e fazer o atendimento das pessoas idosas e crianças". Após estabilizada a situação, o superintendente contou que foi providenciada a retirada das algemas, foram colhidos depoimentos e também imagens e vídeos das câmeras de segurança do aeroporto. "Era um calor muito forte, insalubre, então esses fatos podem chegar a conclusão de que havia ali assim um tratamento degradante", disse Pimentel.
Polícia Federal espera encerrar em até 60 dias investigação sobre tratamento dado a brasileiros deportados. PF: coletamos imagens de vídeo do aeroporto
Os Estados Unidos exigiram que os brasileiros deportados que pousaram em Manaus na sexta-feira (24) fossem novamente algemados para concluir a viagem até Belo Horizonte, revelou o superintendente da Polícia Federal no Amazonas, João Paulo Garrido Pimentel, em entrevista ao Estúdio i nesta segunda-feira (27).
➡️Este foi o primeiro voo com deportados depois da posse de Trump. A aeronave precisou pousar em Manaus para reabastecer. Mas, na capital do Amazonas, houve um desentendimento entre passageiros e a tripulação por problemas no ar condicionado da aeronave, fretada pelo governo americano.
"Nós nos deparamos com a maior parte dos brasileiros com algemas nos pés e mãos, alguns só tinham nos pés, mas a maioria estava nessa condição. Aquelas imagens que circularam, de alguns passageiros ainda com algemas no solo brasileiro se deslocando para nossa área restrita, com ar-condicionado, infraestrutura, se deu realmente por conta do desespero e pavor que alguns estavam diante da exigência das autoridades norte americanas que os brasileiros ingressassem posteriormente na aeronave novamente algemados e acorrentados", contou Pimentel.
O superintendente relatou que entrou em contato com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, que acionou o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que determinou que nenhum brasileiro seria acorrentado de novo. O presidente Lula pediu um voo da FAB para transportá-los de Manaus para Confins, como revelou este blog.
A PF instaurou um procedimento para apurar o tratamento dado aos brasileiros deportados. Segundo Pimentel, a expectativa é concluir a investigação em 30 a 60 dias.
"A Polícia Federal foi acionada por volta de 18h30 na sexta-feira para atender uma situação de crise. Ao chegar a essa aeronave foi detectada uma situação de desespero e pavor por parte dos repatriados brasileiros. A primeira providência da equipe da PF foi gerenciar a crise e fazer o atendimento das pessoas idosas e crianças".
Após estabilizada a situação, o superintendente contou que foi providenciada a retirada das algemas, foram colhidos depoimentos e também imagens e vídeos das câmeras de segurança do aeroporto.
"Era um calor muito forte, insalubre, então esses fatos podem chegar a conclusão de que havia ali assim um tratamento degradante", disse Pimentel.
