Entrevista com Jacqueline Lafloufa, da newsletter Umas coisas que eu li por aí
Nesta entrevista, Jacquelina Lafloufa, da newsletter Umas coisas que eu li por aí, conta seu processo criativo, como surgiu sua newsletter e outros detalhes dos seus escritos.
Uma série de entrevistas com pessoas que mantêm newsletters presentes no diretório de newsletters brasileiras. Leia as outras entrevistas.
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Qual é a sua newsletter?
Fale um pouco de você, Jacqueline.
Sabe a criança que é a última escolhida no jogo de vôlei na escola? Comecei assim. Apesar de não ser boa nos esportes, encontrei outros espaços bacanas de convivência (tipo a biblioteca), temas que me interessavam (como a novidade dos computadores) e fui descobrindo gente que conectava comigo em outros assuntos e aprendendo sobre coisas novas.
Ficar de fora me deixou observar e ser curiosa sobre as pessoas e as formas como as coisas funcionam. Talvez não à toa fui jornalista de tecnologia, sabe?
Acho que sigo sendo esse tipo de pessoa, mas agora com uma coleção de formações acadêmicas e um punhado de experiências muito bacanas, como ter sido co-apresentadora de um podcast de tecnologia (talvez alguns aqui se lembrem!) e, mais recentemente, ter mergulhado na atividade de ghostwriter, ajudando experts e executivos a criarem narrativas e textos bacanas sobre as boas ideias que eles têm.
Como surgiu a ideia de lançar uma newsletter?
Surgiu na pandemia, porque eu queria escrever pra passar o tempo a gente tinha tanto tempo livre em 2020, né?.
Depois da pandemia eu retomei quando estive com tempo livre, porque queria manter uma voz autoral. Agora eu tenho dificuldade de manter a recorrência, pois falta tempo (kkkrying). Mas juro que pretendo voltar em algum momento. A escrita da newsletter sempre aparece quando leio algo bacana e salvo, pensando “caramba, isso daria um bom parágrafo na “Eu Li”
Qual é o seu processo criativo para escrever uma nova edição?
Não tem muito segredo, mas tem basicamente muita leitura e curadoria. É mais ou menos assim:
- Ler um monte de coisas.
- Salvar as coisas que eu gosto em um muralzinho no meu Feedly.
- Em uma recorrência que tenho falhado em cumprir, rever o que tenho salvo e encadear a seleção numa curadoria para os leitores.
- Abrir a newsletter com alguma reflexão a nível mais pessoal — algo que pensei, que senti ou refleti, e que seja completamente inédito.
- Engatilhar no final a sugestão de consumo de algum conteúdo artístico — livro, filme, série, álbum, etc.
- Fechar com um mini-jabá do meu trabalho, atualizando o que eu estou fazendo, caso alguém da audiência queira me contratar.
Fim.
Sua newsletter tem uma assinatura paga ou gera dinheiro de alguma outra forma?
Não.
Pretende transformá-la em negócio/tentar fazer dinheiro com ela no futuro?
Não.
Por quê?
Porque eu tenho preguiça de ficar passando o chapéu.
E prefiro que as pessoas possam ler gratuitamente e de repente me contratar para outros fins. Meu material não é tãaaao exclusivo assim para gerar incentivo de pagamento dos leitores. Mas certamente serve para entender os temas que me interessam, as minhas provocações sobre assuntos diversos e até para reparar que meu estilo de escrita é diferente do que uso para escrever para meus clientes
Que dispositivo(s) você usa para escrever e gerenciar sua newsletter? (O Manual do Usuário é um blog de tecnologia, afinal