Em discurso antes da votação, Motta sai em defesa da Câmara e da imunidade parlamentar

Motta destacou a necessidade de uma Câmara independente, capaz de atuar sem interferências externas e de forma harmônica com os demais Poderes. Ele é o favorito para ser o novo presidente da Casa. Hugo Motta (Republicanos-PB) Reprodução Pouco antes da votação que definirá o novo presidente da Câmara dos Deputados, o candidato favorito, Hugo Motta (Republicanos-PB), fez um discurso defendendo o fortalecimento institucional da Casa, a manutenção da autonomia do Legislativo e a preservação da imunidade parlamentar. Motta destacou a necessidade de uma Câmara independente, capaz de atuar sem interferências externas e de forma harmônica com os demais Poderes. "Juntos, vamos fortalecer institucionalmente a Câmara, manter a sua autonomia e independência em relação aos demais Poderes. É salutar compreendermos que uma boa gestão de país se faz com respeito, pressuposto da harmonia", afirmou. Eleições no Congresso: redistribuição de cadeiras pode mudar forças políticas O deputado também enfatizou que a imunidade parlamentar deve ser garantida e respeitada, argumentando que essa prerrogativa é essencial para a atuação dos congressistas. "Queremos uma Câmara forte, com a garantia de nossas prerrogativas e em defesa de nossa imunidade parlamentar", disse. Além disso, Motta defendeu uma agenda mais organizada para a condução dos trabalhos legislativos, sugerindo mudanças no funcionamento das sessões. "Juntos, buscaremos debater temas relevantes, abrindo diversas frentes de discussão, oportunizando previsibilidade sobre a pauta legislativa, direcionando para um aprimoramento das agendas temáticas", declarou. Ele também propôs um horário fixo para o início das sessões, de modo a evitar decisões de última hora e permitir um planejamento mais eficiente. "Considero importante a retomada das sessões no começo da tarde, evitando notificações de última hora. O planejamento deve preceder nossas ações", concluiu. Defesa de emendas Em sua fala de despedida, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu a participação dos parlamentares na indicação de verbas do Orçamento. Os deputados e senadores têm aumentado cada vez mais sua participação na Execução do Orçamento, por meio das emendas parlamentares. Cerca de R$ 50 bilhões são empregados todos os anos conforme indicação do Legislativo. “Defendi, com toda convicção, a importância da participação ativa do Poder Legislativo na confecção da peça orçamentária, considerada a pluralidade natural de ambas as Casas e o profundo conhecimento que cada parlamentar carrega de todos os cantos de nosso gigante país. Lira lembrou da atuação da Câmara na Pandemia do novo Coronavírus, com a aprovação do Orçamento de Guerra e a PEC Emergencial, e, apesar de a eleição ainda não ter acabado, tratou Motta como seu sucessor. “Bom trabalho, meu amigo Hugo Mota. É uma alegria passar o bastão para você, depois da costura fina que nos permitiu chegar a um nome de consenso, com ampla capacidade de aproximar opostos. Estou certo do seu sucesso e do sucesso da Nova Mesa Diretora, sempre em favor do nosso Brasil”.

Fev 2, 2025 - 17:19
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Em discurso antes da votação, Motta sai em defesa da Câmara e da imunidade parlamentar

Motta destacou a necessidade de uma Câmara independente, capaz de atuar sem interferências externas e de forma harmônica com os demais Poderes. Ele é o favorito para ser o novo presidente da Casa. Hugo Motta (Republicanos-PB) Reprodução Pouco antes da votação que definirá o novo presidente da Câmara dos Deputados, o candidato favorito, Hugo Motta (Republicanos-PB), fez um discurso defendendo o fortalecimento institucional da Casa, a manutenção da autonomia do Legislativo e a preservação da imunidade parlamentar. Motta destacou a necessidade de uma Câmara independente, capaz de atuar sem interferências externas e de forma harmônica com os demais Poderes. "Juntos, vamos fortalecer institucionalmente a Câmara, manter a sua autonomia e independência em relação aos demais Poderes. É salutar compreendermos que uma boa gestão de país se faz com respeito, pressuposto da harmonia", afirmou. Eleições no Congresso: redistribuição de cadeiras pode mudar forças políticas O deputado também enfatizou que a imunidade parlamentar deve ser garantida e respeitada, argumentando que essa prerrogativa é essencial para a atuação dos congressistas. "Queremos uma Câmara forte, com a garantia de nossas prerrogativas e em defesa de nossa imunidade parlamentar", disse. Além disso, Motta defendeu uma agenda mais organizada para a condução dos trabalhos legislativos, sugerindo mudanças no funcionamento das sessões. "Juntos, buscaremos debater temas relevantes, abrindo diversas frentes de discussão, oportunizando previsibilidade sobre a pauta legislativa, direcionando para um aprimoramento das agendas temáticas", declarou. Ele também propôs um horário fixo para o início das sessões, de modo a evitar decisões de última hora e permitir um planejamento mais eficiente. "Considero importante a retomada das sessões no começo da tarde, evitando notificações de última hora. O planejamento deve preceder nossas ações", concluiu. Defesa de emendas Em sua fala de despedida, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu a participação dos parlamentares na indicação de verbas do Orçamento. Os deputados e senadores têm aumentado cada vez mais sua participação na Execução do Orçamento, por meio das emendas parlamentares. Cerca de R$ 50 bilhões são empregados todos os anos conforme indicação do Legislativo. “Defendi, com toda convicção, a importância da participação ativa do Poder Legislativo na confecção da peça orçamentária, considerada a pluralidade natural de ambas as Casas e o profundo conhecimento que cada parlamentar carrega de todos os cantos de nosso gigante país. Lira lembrou da atuação da Câmara na Pandemia do novo Coronavírus, com a aprovação do Orçamento de Guerra e a PEC Emergencial, e, apesar de a eleição ainda não ter acabado, tratou Motta como seu sucessor. “Bom trabalho, meu amigo Hugo Mota. É uma alegria passar o bastão para você, depois da costura fina que nos permitiu chegar a um nome de consenso, com ampla capacidade de aproximar opostos. Estou certo do seu sucesso e do sucesso da Nova Mesa Diretora, sempre em favor do nosso Brasil”.