Asteroide recém-descoberto tem 1,2% de chance de atingir a Terra em 2032
O asteroide 2024 YR4 foi descoberto em 25 de dezembro do ano passado e logo chamou a atenção de astrônomos. O motivo? Esta rocha espacial, que tem entre 60 m e 100 m de diâmetro, vai se aproximar da Terra em 2032, ficando a cerca de 106.200 km do nosso planeta. A distância é considerada extremamente curta em termos astronômicos e representa uma chance pequena, mas existente, de um impacto acontecer em 2032. Mas não há motivos para pânico. Clique e siga o Canaltech no WhatsApp O que a NASA faria se um asteroide fosse se chocar com a Terra? Mais um asteroide foi descoberto horas antes de se chocar com a Terra Com tamanho equivalente a metade daquele de um campo de futebol, o asteroide pode acabar atingindo a Terra durante a aproximação. “As chances [de um impacto acontecer] subiram levemente para 1 em 83”, escreveu David Rankin, engenheiro do sistema Catalina Sky Survey, em uma publicação no BlueSky. “Esta é uma das mais altas probabilidades de um impacto de uma rocha de tamanho significativo”, observou. Segundo o Laboratório de Propulsão a Jato, da NASA, a chance do impacto é de 1,2%. Recently-discovered #asteroid 2024 YR4 may make a very close approach to Earth in 8 years. It is thought to be 40-100 meters wide. Uncertainty is still high and more and more observations are needed confirm this. pic.twitter.com/u8PvZg3jaw -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- — Tony Dunn (@tony873004) January 28, 2025 Para entender melhor, considere que a NASA e outros astrônomos monitoram constantemente os chamados objetos próximos da Terra (ou NEOs), classificação dada aos asteroides e cometas cujas órbitas os trazem para até 45 milhões de quilômetros daquela da Terra. E eles dão atenção especial àqueles com pelo menos 140 m de diâmetro, grandes o suficiente para causar danos no caso de um impacto. O risco que estes objetos oferecem é classificado conforme a Escala de Torino, que vai de 0 a 10; 0 indica que a chance de um impacto é nula, e 10, de que é certa e capaz de causar uma verdadeira catástrofe climática global. Até a descoberta do 2024 Y4, havia 0 objetos classificados em níveis acima de 0; agora, esta rocha espacial foi colocada no nível 3. O asteroide 2024 YR4 vai atingir a Terra? Para Rankin, não há motivos para preocupação agora, pois mais cálculos da órbita do asteroide são necessários. “A probabilidade do impacto ainda é muito baixa, e o desfecho mais provável é que esta vai ser uma aproximação bem de perto, mas que vai nos ‘errar’”, disse ele ao Space.com. Segundo ele, o corredor de riscos do impacto se estende da América do Sul à África subsariana. “É importante ter em mente que sua órbita ainda é muito incerta para saber se [a Terra] será atingida e, no momento, o resultado mais provável é um erro”, ressaltou. “Essa estimativa do corredor de impacto vai acabar obsoleta com novas observações e melhores cálculos orbitais”, acrescentou ele. O asteroide pode ser grande o suficiente para causar algo parecido com o Evento de Tungusuka (Imagem: Domínio público) E mesmo que o 2024 YR4 acabe atingindo a Terra, ele ressalta que mais observações são necessárias para os astrônomos descobrirem mais sobre suas características. "O tamanho e a composição são fatores importantes para [calcular] possíveis danos, juntamente com o local do impacto”, disse Rankin. “É difícil restringir o tamanho e a composição com a situação orbital atual, já que ele está se afastando. Normalmente, a melhor maneira de restringir o tamanho é com observações de radar, o que não é possível no momento”, acrescentou. Se os dados sobre o asteroide estiverem corretos, Rankin acredita que o asteroide poderia causar algo parecido com o Evento de Tunguska, já que o tamanho de ambos é parecido. “Embora os efeitos do impacto sejam mais locais do que regionais, ele certamente tem o potencial para causar danos sérios na área que atingir”, sugeriu. Mas, novamente, é preciso coletar mais dados. Além disso, vale lembrar que os dados obtidos através de novas observaçõesvão ajudar os astrônomos a refinar o conhecimento da órbita do 2024 YR4. "Na verdade, a maioria dos novos asteroides recém-descobertos que são listados na Escala de Torino têm sua probabilidade de atingir a Terra diminuindo com mais observações... até cair para zero", explicou prof. Rodolfo Langhi, coordenador do Observatório de Astronomia da Unviersidade Estadual Paulista. E alerta: “Por isso, é preciso ter cautela na divulgação de notícias sensacionalistas a respeito de asteroides destruidores", finalizou. Leia também: Asteroide descoberto em 1º de janeiro de 2025 ficará mais perto da Terra que Lua O que acontece se um asteroide cair na Terra? Vídeo: Como tirar foto da Lua? Leia a matéria no Canaltech.
O asteroide 2024 YR4 foi descoberto em 25 de dezembro do ano passado e logo chamou a atenção de astrônomos. O motivo? Esta rocha espacial, que tem entre 60 m e 100 m de diâmetro, vai se aproximar da Terra em 2032, ficando a cerca de 106.200 km do nosso planeta. A distância é considerada extremamente curta em termos astronômicos e representa uma chance pequena, mas existente, de um impacto acontecer em 2032. Mas não há motivos para pânico.
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Com tamanho equivalente a metade daquele de um campo de futebol, o asteroide pode acabar atingindo a Terra durante a aproximação. “As chances [de um impacto acontecer] subiram levemente para 1 em 83”, escreveu David Rankin, engenheiro do sistema Catalina Sky Survey, em uma publicação no BlueSky. “Esta é uma das mais altas probabilidades de um impacto de uma rocha de tamanho significativo”, observou. Segundo o Laboratório de Propulsão a Jato, da NASA, a chance do impacto é de 1,2%.
Recently-discovered #asteroid 2024 YR4 may make a very close approach to Earth in 8 years. It is thought to be 40-100 meters wide. Uncertainty is still high and more and more observations are needed confirm this. pic.twitter.com/u8PvZg3jaw
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Para entender melhor, considere que a NASA e outros astrônomos monitoram constantemente os chamados objetos próximos da Terra (ou NEOs), classificação dada aos asteroides e cometas cujas órbitas os trazem para até 45 milhões de quilômetros daquela da Terra. E eles dão atenção especial àqueles com pelo menos 140 m de diâmetro, grandes o suficiente para causar danos no caso de um impacto.
O risco que estes objetos oferecem é classificado conforme a Escala de Torino, que vai de 0 a 10; 0 indica que a chance de um impacto é nula, e 10, de que é certa e capaz de causar uma verdadeira catástrofe climática global. Até a descoberta do 2024 Y4, havia 0 objetos classificados em níveis acima de 0; agora, esta rocha espacial foi colocada no nível 3.
O asteroide 2024 YR4 vai atingir a Terra?
Para Rankin, não há motivos para preocupação agora, pois mais cálculos da órbita do asteroide são necessários. “A probabilidade do impacto ainda é muito baixa, e o desfecho mais provável é que esta vai ser uma aproximação bem de perto, mas que vai nos ‘errar’”, disse ele ao Space.com. Segundo ele, o corredor de riscos do impacto se estende da América do Sul à África subsariana.
“É importante ter em mente que sua órbita ainda é muito incerta para saber se [a Terra] será atingida e, no momento, o resultado mais provável é um erro”, ressaltou. “Essa estimativa do corredor de impacto vai acabar obsoleta com novas observações e melhores cálculos orbitais”, acrescentou ele.
E mesmo que o 2024 YR4 acabe atingindo a Terra, ele ressalta que mais observações são necessárias para os astrônomos descobrirem mais sobre suas características. "O tamanho e a composição são fatores importantes para [calcular] possíveis danos, juntamente com o local do impacto”, disse Rankin. “É difícil restringir o tamanho e a composição com a situação orbital atual, já que ele está se afastando. Normalmente, a melhor maneira de restringir o tamanho é com observações de radar, o que não é possível no momento”, acrescentou.
Se os dados sobre o asteroide estiverem corretos, Rankin acredita que o asteroide poderia causar algo parecido com o Evento de Tunguska, já que o tamanho de ambos é parecido. “Embora os efeitos do impacto sejam mais locais do que regionais, ele certamente tem o potencial para causar danos sérios na área que atingir”, sugeriu. Mas, novamente, é preciso coletar mais dados.
Além disso, vale lembrar que os dados obtidos através de novas observaçõesvão ajudar os astrônomos a refinar o conhecimento da órbita do 2024 YR4. "Na verdade, a maioria dos novos asteroides recém-descobertos que são listados na Escala de Torino têm sua probabilidade de atingir a Terra diminuindo com mais observações... até cair para zero", explicou prof. Rodolfo Langhi, coordenador do Observatório de Astronomia da Unviersidade Estadual Paulista. E alerta: “Por isso, é preciso ter cautela na divulgação de notícias sensacionalistas a respeito de asteroides destruidores", finalizou.
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