ANPD investiga práticas de empresa que coleta íris em troca de dinheiro
A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) informou que conduz uma investigação sobre a empresa Tools For Humanity, do criador do ChatGPT, para entender sobre o tratamento de dados sensíveis ao escanear a íris das pessoas. A companhia tem um projeto chamado World para criar uma identidade única através da íris e oferece uma criptomoeda em troca do serviço. Clique e siga o Canaltech no WhatsApp 7 melhores anúncios das fabricantes na CES 2025 Como usar o Arc Search para fazer buscas com IA A World viralizou nas redes sociais nas últimas semanas, com relatos de filas para escanear a íris em São Paulo (SP) e pessoas que supostamente teriam ganho até R$ 700 pela prática. De acordo com a autarquia, a investigação começou em 11 de novembro de 2024 e a Tools For Humanity já cooperou com informações e documentos pedidos. Dispositivo escaneia a íris das pessoas e oferece um pagamento em criptomoeda (Imagem: Divulgação/World) O que a ANPD quer saber? A investigação ocorre para entender o tratamento de dados considerados sensíveis: informações biométricas como impressões digitais e, nesse caso, a íris exigem medidas mais rigorosas de segurança porque podem oferecer um risco à privacidade do usuário. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- A ANPD pediu informações gerais sobre o tratamento e a transparência da empresa, tais como: Contexto em que o tratamento ocorre; Aspectos materiais da operação do tratamento; A hipótese legal para fundamentar o tratamento; A transparência do processo de tratar os dados pessoais; Como os titulares podem exercer seus direitos; Quais as medidas de segurança da informação e proteção dos dados pessoais já existentes; O tratamento de dados de crianças e adolescentes; A avaliação das possíveis consequências envolvendo privacidade e proteção de dados. Quais os próximos passos? A autarquia confirma que já recebeu a documentação da Tools For Humanity e agora analisa todas as informações até publicar uma nova decisão. Houve uma reunião com o Coordenador-Geral de Fiscalização da ANPD, Fabrício Guimarães Madruga Lopes, e representantes da empresa em novembro deste ano, e a companhia enviou mais informações no dia 7 de janeiro, de acordo com dados públicos no Sistema Eletrônico de Informações. Como a World funciona? Criada por Sam Altman (CEO da OpenAI, responsável pelo ChatGPT) e Alex Blania, a Tools For Humanity (TFH) divide a iniciativa World em três frentes principais: World ID, Worldcoin e World App. A World ID é uma sequência de identificação gerada após escanear a íris de uma pessoa — para isso, o indivíduo precisa comparecer a uma das estações da empresa e fazer o processo com um dispositivo chamado Orb. Segundo a TFH, o objetivo é ter um registro capaz de diferenciar humanos de bots na internet e o uso da íris seria a melhor opção para diferenciar cada pessoa. Após ceder as informações da íris, o indivíduo ganha o identificador e um pagamento na criptomoeda Worldcoin. O valor é movimentado no aplicativo World App, que atualmente funciona como uma carteira virtual, e pode ser convertido em reais. A ideia da Worldcoin viralizou no TikTok e no Instagram pela promessa de dinheiro fácil, mas o projeto levanta preocupações em vários países. O governo da Coreia do Sul já conduziu uma investigação sobre o tratamento dos dados no ano passado, enquanto usuários em países de África, América do Sul e Ásia já reclamaram que não foram pagos pelo serviço no passado. A empresa defende que o identificador gerado é protegido por criptografia e o Orb apaga as imagens da íris após processar os dados. No Brasil, a World opera desde novembro do ano passado com estações em São Paulo. Leia também: Como ganhar dinheiro na internet | 30 ideias Tem como privar uma conta no Bluesky? Entenda como funciona 8 dicas para fazer reserva de hotel pela internet VÍDEO: Coisas que PERDEMOS em smartphones e não lembramos mais Leia a matéria no Canaltech.
A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) informou que conduz uma investigação sobre a empresa Tools For Humanity, do criador do ChatGPT, para entender sobre o tratamento de dados sensíveis ao escanear a íris das pessoas. A companhia tem um projeto chamado World para criar uma identidade única através da íris e oferece uma criptomoeda em troca do serviço.
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- Como usar o Arc Search para fazer buscas com IA
A World viralizou nas redes sociais nas últimas semanas, com relatos de filas para escanear a íris em São Paulo (SP) e pessoas que supostamente teriam ganho até R$ 700 pela prática. De acordo com a autarquia, a investigação começou em 11 de novembro de 2024 e a Tools For Humanity já cooperou com informações e documentos pedidos.
O que a ANPD quer saber?
A investigação ocorre para entender o tratamento de dados considerados sensíveis: informações biométricas como impressões digitais e, nesse caso, a íris exigem medidas mais rigorosas de segurança porque podem oferecer um risco à privacidade do usuário.
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A ANPD pediu informações gerais sobre o tratamento e a transparência da empresa, tais como:
- Contexto em que o tratamento ocorre;
- Aspectos materiais da operação do tratamento;
- A hipótese legal para fundamentar o tratamento;
- A transparência do processo de tratar os dados pessoais;
- Como os titulares podem exercer seus direitos;
- Quais as medidas de segurança da informação e proteção dos dados pessoais já existentes;
- O tratamento de dados de crianças e adolescentes;
- A avaliação das possíveis consequências envolvendo privacidade e proteção de dados.
Quais os próximos passos?
A autarquia confirma que já recebeu a documentação da Tools For Humanity e agora analisa todas as informações até publicar uma nova decisão.
Houve uma reunião com o Coordenador-Geral de Fiscalização da ANPD, Fabrício Guimarães Madruga Lopes, e representantes da empresa em novembro deste ano, e a companhia enviou mais informações no dia 7 de janeiro, de acordo com dados públicos no Sistema Eletrônico de Informações.
Como a World funciona?
Criada por Sam Altman (CEO da OpenAI, responsável pelo ChatGPT) e Alex Blania, a Tools For Humanity (TFH) divide a iniciativa World em três frentes principais: World ID, Worldcoin e World App.
A World ID é uma sequência de identificação gerada após escanear a íris de uma pessoa — para isso, o indivíduo precisa comparecer a uma das estações da empresa e fazer o processo com um dispositivo chamado Orb. Segundo a TFH, o objetivo é ter um registro capaz de diferenciar humanos de bots na internet e o uso da íris seria a melhor opção para diferenciar cada pessoa.
Após ceder as informações da íris, o indivíduo ganha o identificador e um pagamento na criptomoeda Worldcoin. O valor é movimentado no aplicativo World App, que atualmente funciona como uma carteira virtual, e pode ser convertido em reais.
A ideia da Worldcoin viralizou no TikTok e no Instagram pela promessa de dinheiro fácil, mas o projeto levanta preocupações em vários países. O governo da Coreia do Sul já conduziu uma investigação sobre o tratamento dos dados no ano passado, enquanto usuários em países de África, América do Sul e Ásia já reclamaram que não foram pagos pelo serviço no passado.
A empresa defende que o identificador gerado é protegido por criptografia e o Orb apaga as imagens da íris após processar os dados. No Brasil, a World opera desde novembro do ano passado com estações em São Paulo.
Leia também:
- Como ganhar dinheiro na internet | 30 ideias
- Tem como privar uma conta no Bluesky? Entenda como funciona
- 8 dicas para fazer reserva de hotel pela internet
VÍDEO: Coisas que PERDEMOS em smartphones e não lembramos mais
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