A difícil arte de resistir à tentação de buscar a novidade

A vida tecnológica moderna, com seus artefatos eletrônicos simbolizados na construção e expansão dos aparelhos de celulares, produziu um vício mental em milhões (talvez bilhões) de pessoas. Trata-se do vício de sempre buscar a novidade. Nossa atenção foi sequestrada pela manipulação psicológica exercida pelos algoritmos das grandes empresas de apps, sobretudo os apps de redes sociais. […] O post A difícil arte de resistir à tentação de buscar a novidade apareceu primeiro em Valores Reais.

Jan 26, 2025 - 13:40
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A difícil arte de resistir à tentação de buscar a novidade

A vida tecnológica moderna, com seus artefatos eletrônicos simbolizados na construção e expansão dos aparelhos de celulares, produziu um vício mental em milhões (talvez bilhões) de pessoas. Trata-se do vício de sempre buscar a novidade.

Nossa atenção foi sequestrada pela manipulação psicológica exercida pelos algoritmos das grandes empresas de apps, sobretudo os apps de redes sociais. Somos conduzidos, somos levados, a sempre rolar um pouco mais a timeline do feed do X, do Instagram, do Facebook, do portal de notícias.

O cérebro é ávido por novidades, e “novidades” é uma coisa que não falta na Internet. Mas a pergunta é: precisamos de tudo isso? Precisamos estar conectados o tempo todo? 

Fazer a mente desaprender a buscar automaticamente a próxima novidade é uma tarefa um tanto quanto difícil hoje em dia. Mas é necessária, e absolutamente indispensável, se quisermos ter um pouco mais de paz e tranquilidade em nossas vidas, sobretudo no aspecto psicológico.

Quando você busca um smartphone, tablet ou computador, o que você quer, em última análise, é conectar sua mente à mente de outras pessoas. Somos incentivados o tempo todo a estarmos com nossas mentes permanentemente conectadas às de outras pessoas.

O problema é que, por causa disso, muitos de nós acaba tendo dificuldades para pegar no sono, à noite. Por quê? Porque pegar no sono envolve o ato de estarmos ruminando nossos próprios pensamentos, coisa que não tivemos a oportunidade de exercer durante o dia inteiro. E, se não conseguimos nos desconectar durante o dia, como é que vamos conseguir desconectar ao adormecer?

Experimente ficar, durante as horas de vigília, mais tempo deliberadamente desconectado, ruminando seus próprios pensamentos. Isso não só trará benefícios em termos de menos ansiedade, menos estresse e menos preocupações, como também lhe trará, como uma espécie de bônus gratuito, a facilidade de pegar mais rápido no sono à noite.

Conclusão

Tenha um tempo só para si. Como eu disse em outro post, escolha o seu próprio ritmo de exposição ao acúmulo de informações. Como já diziam Schwartz e Loher, em frase tantas vezes já mencionada antes no blog, excesso de informação gera pobreza de atenção.

A mente, assim como muitos dos demais elementos da natureza, funciona em ciclos: ciclos de atenção e ciclos de divagação, ciclos de atividade e ciclos de inatividade.

Aprenda a se concentrar em seus próprios pensamentos. Fique menos dependente de saber o que está rolando “no mundo”, pois 90% do que você vê, lê ou ouve não irá agregar nada à sua vida. Concentre mais no “eu”, aprenda a se desconectar mais, e, assim, gerar reflexões e ações num nível maior de profundidade. Só assim você começará a dar mais qualidade à sua vida.

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