Piscinão é inaugurado no Centro de Franco da Rocha, na Grande SP, para auxiliar no combate a enchentes

Estrutura tem capacidade para armazenar 92 mil m³ de água, o equivalente a quase 37 piscinas olímpicas. Obra que R$ 54,4 milhões levou três anos para ficar pronta. Piscinão EU-09, em Franco da Rocha, na Grande SP Orlando Junior/PMFR O governo de São Paulo inaugurou nesta terça-feira (14) um piscinão para auxiliar no combate a enchentes em Franco da Rocha, município que sofre há décadas com alagamentos e deslizamentos de terra, especialmente durante o verão. A estrutura, chamada EU-09, fica localizada na região central e tem capacidade para armazenar 92 mil m³ de água — cerca de 37 piscinas olímpicas. A ideia é que ela ajude a controlar a vazão do Ribeirão Eusébio, que costuma transbordar em épocas de chuvas volumosas. A obra de R$ 54,4 milhões teve início há exatos três anos e faz parte do programa de prevenção a enchentes do governo estadual, que prevê a inauguração de três reservatórios no município, dos quais dois já foram entregues. AV-03: capacidade de armazenar 240 mil m³ de água (entregue) EU-09: capacidade de armazenar 92 mil m³ de água (entregue) EU-08: capacidade de armazenar 176 mil m³ de água (em obra) Para o arquiteto e urbanista Valter Caldana, o sistema de piscinões ajudará a amenizar os problemas relacionados a enchentes no município. "Isso está diretamente ligado ao uso e ocupação do solo, ao excesso de impermeabilização, a velocidade das águas e, acima de tudo, a maneira como as atividades se organizam em torno é daquela região", explica. Ainda assim, o especialista afirma que os investimentos do poder público devem ir além, tratando não apenas as causas relacionadas à natureza, como impermeabilidade do solo, mas também aquelas de cunho legislativo, como organização de uso do solo. O problema é que muitas vezes se investe na resolução dos efeitos, mas se investe pouco ou quase nada nas causas. Voluntários e bombeiros procuram vítimas em escombros de deslizamento em Franco da Rocha EPA Em 2022, cerca de duas semanas após o início das obras dos piscinões, 18 pessoas morreram devido a inundações e deslocamentos de terra causados pela chuva em Franco da Rocha. Comunidade de Franco da Rocha convive há mais de 30 anos com enchentes

Jan 14, 2025 - 21:59
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Piscinão é inaugurado no Centro de Franco da Rocha, na Grande SP, para auxiliar no combate a enchentes

Estrutura tem capacidade para armazenar 92 mil m³ de água, o equivalente a quase 37 piscinas olímpicas. Obra que R$ 54,4 milhões levou três anos para ficar pronta. Piscinão EU-09, em Franco da Rocha, na Grande SP Orlando Junior/PMFR O governo de São Paulo inaugurou nesta terça-feira (14) um piscinão para auxiliar no combate a enchentes em Franco da Rocha, município que sofre há décadas com alagamentos e deslizamentos de terra, especialmente durante o verão. A estrutura, chamada EU-09, fica localizada na região central e tem capacidade para armazenar 92 mil m³ de água — cerca de 37 piscinas olímpicas. A ideia é que ela ajude a controlar a vazão do Ribeirão Eusébio, que costuma transbordar em épocas de chuvas volumosas. A obra de R$ 54,4 milhões teve início há exatos três anos e faz parte do programa de prevenção a enchentes do governo estadual, que prevê a inauguração de três reservatórios no município, dos quais dois já foram entregues. AV-03: capacidade de armazenar 240 mil m³ de água (entregue) EU-09: capacidade de armazenar 92 mil m³ de água (entregue) EU-08: capacidade de armazenar 176 mil m³ de água (em obra) Para o arquiteto e urbanista Valter Caldana, o sistema de piscinões ajudará a amenizar os problemas relacionados a enchentes no município. "Isso está diretamente ligado ao uso e ocupação do solo, ao excesso de impermeabilização, a velocidade das águas e, acima de tudo, a maneira como as atividades se organizam em torno é daquela região", explica. Ainda assim, o especialista afirma que os investimentos do poder público devem ir além, tratando não apenas as causas relacionadas à natureza, como impermeabilidade do solo, mas também aquelas de cunho legislativo, como organização de uso do solo. O problema é que muitas vezes se investe na resolução dos efeitos, mas se investe pouco ou quase nada nas causas. Voluntários e bombeiros procuram vítimas em escombros de deslizamento em Franco da Rocha EPA Em 2022, cerca de duas semanas após o início das obras dos piscinões, 18 pessoas morreram devido a inundações e deslocamentos de terra causados pela chuva em Franco da Rocha. Comunidade de Franco da Rocha convive há mais de 30 anos com enchentes

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