O que a ciência sabe sobre as proteínas da solidão; veja em 3 pontos
Por que as pessoas se sentem solitárias? Algumas condições humanas permanecem como um mistério para a ciência, mas um novo estudo permitiu desvendar as proteínas da solidão, o que pode ajudar a desvendar pelo menos uma parte desse complexo enigma. Confira tudo o que se sabe até agora. Clique e siga o Canaltech no WhatsApp Cientistas desvendam possíveis causas da solidão Solidão acelera envelhecimento biológico e traz problemas de saúde 1. Cinco proteínas da solidão O estudo publicado na revista científica Neurology desvendou, ao todo, cinco proteínas expressas no cérebro que ficam mais "intensas" (ou seja, com níveis maiores) quando uma pessoa se sente solitária: GFRA1 ADM FABP4 TNFRSF10A ASGR1 Para chegar a essas proteínas, os pesquisadores analisaram 462.619 participantes do banco de dados UK Biobank. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Essas cinco proteínas identificadas mostraram relação com outros biomarcadores sanguíneos e com o volume cerebral em regiões envolvidas nos processos emocionais e sociais. Mas nesse sentido, é importante deixar claro que nenhuma das proteínas pareceu causar isolamento social ou solidão. O que aconteceu foi justamente que a solidão influenciou os níveis dessas cinco proteínas. 2. Proteínas da solidão ligadas a doenças Ao analisar as proteínas, os pesquisadores perceberam uma relação entre solidão e doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral (AVC) e mortalidade. O que a ciência sabe sobre as proteínas da solidão (Imagem: PublicDomainPictures/Pixabay) No estudo, quatro das cinco associadas ao volume de regiões cerebrais envolvidas em processos emocionais e sociais e à percepção do cérebro sobre o estado do corpo. Os próprios autores reconhecem que, embora os efeitos não tenham sido grandes, eles foram significativos. No caso da proteína ADM, por exemplo, foi possível obsservar e explicar cerca de 7,5% da associação entre solidão e o risco de quatro doenças e mortalidade. 3. Isolamento social e demência A partir do estudo, os pesquisadores chegaram à conclusão de que o isolamento social é um fator de risco para demência, mas que isso não tem relação com variáveis como a solidão e de muitas outras covariáveis. "Diferenças estruturais cerebrais relacionadas ao isolamento social, juntamente com diferentes funções moleculares, também apoiam as associações do isolamento social com cognição e demência. O isolamento social pode, portanto, ser um indicador precoce de um risco aumentado de demência", conclui o estudo sobre as proteínas da solidão. Leia também: Solidão pode aumentar risco de Parkinson Solidão pode te envelhecer mais rápido que o cigarro VÍDEO | Sinais de Alzheimer podem estar na forma como conversamos Leia a matéria no Canaltech.
Por que as pessoas se sentem solitárias? Algumas condições humanas permanecem como um mistério para a ciência, mas um novo estudo permitiu desvendar as proteínas da solidão, o que pode ajudar a desvendar pelo menos uma parte desse complexo enigma. Confira tudo o que se sabe até agora.
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- Solidão acelera envelhecimento biológico e traz problemas de saúde
1. Cinco proteínas da solidão
O estudo publicado na revista científica Neurology desvendou, ao todo, cinco proteínas expressas no cérebro que ficam mais "intensas" (ou seja, com níveis maiores) quando uma pessoa se sente solitária:
- GFRA1
- ADM
- FABP4
- TNFRSF10A
- ASGR1
Para chegar a essas proteínas, os pesquisadores analisaram 462.619 participantes do banco de dados UK Biobank.
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Essas cinco proteínas identificadas mostraram relação com outros biomarcadores sanguíneos e com o volume cerebral em regiões envolvidas nos processos emocionais e sociais.
Mas nesse sentido, é importante deixar claro que nenhuma das proteínas pareceu causar isolamento social ou solidão. O que aconteceu foi justamente que a solidão influenciou os níveis dessas cinco proteínas.
2. Proteínas da solidão ligadas a doenças
Ao analisar as proteínas, os pesquisadores perceberam uma relação entre solidão e doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral (AVC) e mortalidade.
No estudo, quatro das cinco associadas ao volume de regiões cerebrais envolvidas em processos emocionais e sociais e à percepção do cérebro sobre o estado do corpo.
Os próprios autores reconhecem que, embora os efeitos não tenham sido grandes, eles foram significativos. No caso da proteína ADM, por exemplo, foi possível obsservar e explicar cerca de 7,5% da associação entre solidão e o risco de quatro doenças e mortalidade.
3. Isolamento social e demência
A partir do estudo, os pesquisadores chegaram à conclusão de que o isolamento social é um fator de risco para demência, mas que isso não tem relação com variáveis como a solidão e de muitas outras covariáveis.
"Diferenças estruturais cerebrais relacionadas ao isolamento social, juntamente com diferentes funções moleculares, também apoiam as associações do isolamento social com cognição e demência. O isolamento social pode, portanto, ser um indicador precoce de um risco aumentado de demência", conclui o estudo sobre as proteínas da solidão.
Leia também:
VÍDEO | Sinais de Alzheimer podem estar na forma como conversamos
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