O problema dos encurtadores de links

A destruição iminente dos do Google (goo.gl) e a inserção de anúncios nos do Bitly revelam um legado ruim e pouco comentado do Twitter: os encurtadores de links.

Fev 6, 2025 - 23:18
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O problema dos encurtadores de links

Um legado ruim e pouco comentado do Twitter foi os encurtadores de links. Eles surgiram da necessidade: nos primórdios, o Twitter limitava posts a 140 caracteres e não fazia distinção entre texto e links.

Enquanto se limitavam ao Twitter, tudo bem. A natureza efêmera daquela plataforma reduz a importância do encurtador. Um post “morre” (e, com ele, o link encurtado) em algumas horas, dias no máximo. Quando é algo feito para durar, é aí que surgem os problemas.

Existem duas abordagens para links curtos, aquela em que você traz o domínio curto e a em que adota o de uma empresa.

A primeira é a da autonomia. O problema é que ela dobra os cuidados e gastos com domínios. Acho que só empresas se preocuparam com isso. Embora já tenha cogitado adotar um link curto para o Manual, não fiz isso porque, a princípio, é um compromisso perpétuo. Deixar de pagar a renovação do domínio curto é, além de uma quebra de confiança com os leitores, uma brecha para que alguém mal intencionado o registre e tente aplicar golpes se passando por mim.

A segunda era a da segurança. Ou assim se pensava. O do Google (goo.gl), por exemplo, lançado em 2009, está em processo de encerramento. A partir de 25/8 deste ano, todos os links já encurtados no Google deixarão de funcionar.

O Bitly, talvez a empresa mais bem sucedida da área, anunciou dia desses que passou a exibir uma página própria antes da encurtada, a “prévia do destino”, a fim de veicular anúncios. Vale apenas para contas gratuitas.

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