O basquete amador é gigante, mas pode crescer muito mais
Existem muitas oportunidades em quadra! Uma delas é acelerar o processo de incorporação do marketing esportivo nas competições amadoras, o que pode mudar completamente o jogo O post O basquete amador é gigante, mas pode crescer muito mais apareceu primeiro em MKT Esportivo.
O basquete amador cresce de maneira significativa, especialmente em São Paulo, onde a paixão pela modalidade é latente e o mercado se apresenta como uma excelente oportunidade para marcas se conectarem com um público engajado e fiel.
A chegada impactante da NBA na vida dos brasileiros, por meio de uma vasta oferta de transmissões de jogos e muito conteúdo nas redes sociais, também contribui para que a modalidade se renove e continue ganhando mais espaço no lazer esportivo dos paulistas. Você assiste ao jogo e logo quer ir para quadra bater uma bola.
No Brasil, o universo do futebol amador — seja no society, no salão ou na várzea — revela uma comunidade vibrante, com ginásios frequentemente lotados para acompanhar as competições. É impressionante como esse segmento atrai grande público, reforçando a paixão nacional pelo esporte.
Por outro lado, em outras modalidades, essa mesma dinâmica não se repete. Ainda assim, os campeonatos amadores adultos têm conquistado cada vez mais equipes e incorporado inovações tecnológicas para se manterem atualizados e atrativos para os praticantes. Embora a audiência dessas modalidades não alcance os mesmos números do futebol, a lealdade e o comprometimento dos participantes com as competições são notavelmente genuínos.
Vamos tomar como exemplo o mercado de São Paulo, a principal praça do basquete nacional, já que 8 dos 18 times do NBB estão localizados no estado.
Desde a década de 1970, a União dos Veteranos do Basquete (UVB) organiza, anualmente, competições divididas por faixas etárias, algo tradicional entre os “veteranos”. No entanto, desde antes dos anos 2000, muitas outras entidades começaram a surgir para atender tanto ex-profissionais que deixaram suas carreiras quanto aqueles que jogam por diversão, mesmo sem terem sido atletas de alta performance. Só na capital e região, temos competições como a Copa Paulista, NLAB (ABC Paulista), NCB, Sindiclube, Liga Paulista de Basquete (LPB) e muitas outras. Além disso, os campeonatos internos em clubes sociais vêm ganhando cada vez mais relevância, mostrando o aumento na procura por essas iniciativas.
Ainda sim, existe uma lacuna gigante para tornar essas competições mais estruturadas, a ponto de aproveitar as oportunidades de negócio que podem ser desenvolvidas.
Poucas são as pessoas responsáveis por organizar essas competições e a falta de estrutura e visão a longo prazo acaba fazendo com que o esforço seja concentrado principalmente em questões esportivas, de quadra. Dessa maneira, as iniciativas voltadas para ações de marketing, prospecção de parcerias e qualidade nas entregas das contrapartidas dos patrocinadores acabam sendo deixadas em segundo plano.
As receitas destas competições ficam restritas às boas e velhas taxas de inscrição e arbitragem, sendo que existem diversas empresas com enorme sinergia para apoiar essas competições.
Acredito que a falta de patrocínios ocorre mais pela ausência de uma prospecção ativa por parte dos organizadores do que pela recusa das empresas às propostas de parceria. Mas, afinal, como atrair patrocinadores para essas competições?
Embora esses campeonatos não tenham a visibilidade de ligas profissionais, seu apelo reside na proximidade com o público e na identidade comunitária que essas competições proporcionam. Especialmente porque os atletas que jogam nessas competições são os formadores de opinião quando o assunto é basquete. E hoje, mesmo quem não sabe muito de basquete ou mesmo nunca jogou, está assistindo às partidas da NBA e querendo fazer parte dessa conversa. Os canais de comunicação das competições são muito ativos e é possível estruturar campanhas que impactarão todos os participantes.
Patrocinar uma competição amadora permite que a marca tenha uma visibilidade mais exclusiva e direta, ao contrário dos grandes eventos, onde a concorrência é mais intensa. Os patrocinadores podem se destacar mais facilmente para o público-alvo e tornarem-se referência na hora da escolha por um produto ou serviço.
O ambiente esportivo é propício para desenvolvimento de networking. É possível que seu colega de time ou mesmo seu adversário em quadra preste um serviço que é do seu interesse, mas você nem faz ideia de que ele é uma ótima solução para sua necessidade. Utilizar o patrocínio esportivo como ferramenta é uma forma profissional de comunicar o que sua empresa faz e como pode contribuir para o desenvolvimento desses atletas amadores.
Em 2023, algumas destas competições começaram a investir mais em produção de conteúdo nas redes sociais, em transmissões, em estatísticas e no tratamento de dados dos participantes. Realizando pesquisas e obtendo informações relevantes para identificar quais mercados e marcas teriam maiores oportunidades de vender seus serviços ou produtos. Antes de começarem as competições, sabem exatamente quantos atletas, por exemplo, assinavam Prime Vídeo e usavam a plataforma para assistirem aos jogos da NBA.
Em muitos casos, essas competições permitem aos patrocinadores uma ativação mais personalizada, seja por meio de ações de marketing no evento, promoções interativas, ou até mesmo experiências de engajamento com o público. Marcas e profissionais autônomos, por exemplo, do setor da medicina esportiva podem se envolver diretamente, participando das transmissões ao vivo, das premiações e oferecendo produtos e serviços aos participantes, seus familiares e amigos.
Como o basquete é um esporte muito físico e exige preparo, as empresas podem conectar seus produtos diretamente ao contexto de treinamento e desempenho, associando-se ao estilo de vida ativo dos praticantes.
Naturalmente, as marcas de artigos esportivos, saúde, bem-estar e alimentação focada em nutrição esportiva podem realizar parcerias com objetivo de conquistar a preferência dos praticantes, ao se mostrar atenciosa e envolvida também com os times amadores.
Empresas de alimentos e bebidas podem ofertar produtos para o consumo antes, durante e depois dos jogos. O marketing de produto no local do evento pode ser altamente eficaz, com ações de degustação e promoções exclusivas. Os próprios organizadores dos campeonatos podem fazer esse serviço, já que estão sempre em contato direto com os atletas.
Empresas do setor tecnológico, como marcas de equipamentos eletrônicos e plataformas de streaming, também têm grande oportunidade ao se associar a eventos esportivos amadores. Plataformas de mídia e redes sociais podem ajudar na cobertura dos jogos, enquanto marcas de tecnologia podem oferecer soluções inovadoras para melhorar a experiência dos participantes e espectadores.
A partir de uma análise cuidadosa das principais ligas e torneios amadores, fica claro que essas competições têm um grande potencial para atrair patrocinadores e obterem novas fontes de renda para tornar seus negócios mais fortalecidos.
Fica aqui a provocação para que as marcas adotem estratégias eficazes ao patrocinar competições amadoras, que trarão certamente ótimos resultados dentro da comunidade basqueteira.
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