Netanyahu culpa Hamas por 'crise de última hora' em acordo de cessar-fogo; grupo diz que respeita termos
Gabinete do premiê não deu mais detalhes, mas indicou que voto do texto pelo governo israelense, previsto para esta quinta, deve atrasar. Acordo de trégua prevê libertação de reféns em poder do Hamas e a retirada das tropas de Israel de Gaza. Benjamin Netanyahu em 2 de setembro de 2024 Ohad Zwigenberg / Pool / AFP O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira (16) que seu Conselho de Ministros não se reunirá para aprovar o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza até que o Hamas recue do que chamou de uma "crise de última hora". O gabinete de Netanyahu acusou o grupo terrorista palestino de voltar atrás em partes do acordo numa tentativa de "extorquir concessões de última hora". No entanto, o premiê não forneceu mais detalhes. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O Conselho de Ministros israelense estava previsto para ratificar o acordo nesta quinta-feira. Segundo a agência de notícias Reuters, o governo israelense deve aprovar texto. Um membro do Hamas afirmou à Reuters nesta quinta que o grupo está respeitando os termos do acordo anunciado pelos mediadores. Catar e Estados Unidos anunciaram na tarde de quarta-feira o acordo, que prevê a libertação de dezenas de reféns e a retirada gradual das tropas israelenses de Gaza. Os dois países, junto com o Egito, mediaram as negociações que se arrastaram por meses. Israel afirma que alguns detalhes do texto ainda precisam ser finalizados. Leia mais detalhes sobre os termos do cessar-fogo abaixo. Veja termos do cessar-fogo Cessar fogo em Gaza: o acordo entre Israel e Hamas, fase a fase O acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas entrará em vigor a partir de domingo (19). O tratado será implementado em fases, que ainda dependem de negociações. Enquanto isso, o governo de Israel deve votar o texto do acordo nesta quinta-feira (16). Em linhas gerais, o acordo prevê o fim definitivo do conflito e a libertação de todos os reféns que ainda estão sob o poder do Hamas. Cerca de 100 pessoas que foram sequestradas pelo grupo terrorista em Israel, em outubro de 2023, continuam na Faixa de Gaza. A primeira fase do acordo, que já está negociada, durará seis semanas e prevê a libertação de 33 reféns. Eles serão liberados aos poucos. Durante este período, Israel se compromete a retirar parte das tropas da Faixa de Gaza e a soltar prisioneiros palestinos. A segunda fase do cessar-fogo começará a ser negociada a partir do início de fevereiro, enquanto a primeira etapa ainda estiver em vigor. A partir daí, Israel e Hamas tratarão da libertação dos demais reféns que estão com o grupo terrorista, incluindo os corpos daqueles que morreram. Já a terceira e última fase também depende de negociações. Segundo o plano, nesta etapa serão acordados a reconstrução de Gaza e quem governará o território palestino. Se tudo ocorrer dentro dos conformes, a implementação da última fase representaria um fim definitivo na guerra. Veja outros detalhes do acordo mais abaixo. O primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman, pediu para que Israel e Hamas se comprometam a cumprir com o plano acordado. Já o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ressaltou a importância da entrada de ajuda humanitária para os civis palestinos que estão em Gaza e lembrou das famílias israelenses vítimas do terrorismo. "Mesmo enquanto celebramos esta notícia, lembramos todas as famílias cujos entes queridos foram mortos no ataque do Hamas em 7 de outubro, e as muitas pessoas inocentes que perderam a vida na guerra que se seguiu. Já passou da hora de os combates terminarem e de o trabalho de construir a paz e a segurança começar", disse em comunicado. O governo de Israel afirmou que alguns detalhes do acordo ainda precisam ser afinados. Segundo a Reuters, a expectativa é que a maioria dos ministros israelenses vote a favor do texto, abrindo caminho para a implementação do tratado a partir de domingo. LEIA TAMBÉM: Cessar-fogo em Gaza: o acordo entre Israel e Hamas, fase a fase Guerra em Gaza deixou mais de 48 mil mortos em pouco mais de um ano; veja cronologia A guerra acabou? Por que o acordo entre Hamas e Israel só saiu agora? Entenda a situação em Gaza O acordo Israel x Hamas: foto mostra edifícios em ruínas no norte de Gaza, em 13 de janeiro de 2025. Reuters/Amir Cohen Confira, em detalhes, como será o acordo de cessar-fogo em Gaza.
Gabinete do premiê não deu mais detalhes, mas indicou que voto do texto pelo governo israelense, previsto para esta quinta, deve atrasar. Acordo de trégua prevê libertação de reféns em poder do Hamas e a retirada das tropas de Israel de Gaza. Benjamin Netanyahu em 2 de setembro de 2024 Ohad Zwigenberg / Pool / AFP O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira (16) que seu Conselho de Ministros não se reunirá para aprovar o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza até que o Hamas recue do que chamou de uma "crise de última hora". O gabinete de Netanyahu acusou o grupo terrorista palestino de voltar atrás em partes do acordo numa tentativa de "extorquir concessões de última hora". No entanto, o premiê não forneceu mais detalhes. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O Conselho de Ministros israelense estava previsto para ratificar o acordo nesta quinta-feira. Segundo a agência de notícias Reuters, o governo israelense deve aprovar texto. Um membro do Hamas afirmou à Reuters nesta quinta que o grupo está respeitando os termos do acordo anunciado pelos mediadores. Catar e Estados Unidos anunciaram na tarde de quarta-feira o acordo, que prevê a libertação de dezenas de reféns e a retirada gradual das tropas israelenses de Gaza. Os dois países, junto com o Egito, mediaram as negociações que se arrastaram por meses. Israel afirma que alguns detalhes do texto ainda precisam ser finalizados. Leia mais detalhes sobre os termos do cessar-fogo abaixo. Veja termos do cessar-fogo Cessar fogo em Gaza: o acordo entre Israel e Hamas, fase a fase O acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas entrará em vigor a partir de domingo (19). O tratado será implementado em fases, que ainda dependem de negociações. Enquanto isso, o governo de Israel deve votar o texto do acordo nesta quinta-feira (16). Em linhas gerais, o acordo prevê o fim definitivo do conflito e a libertação de todos os reféns que ainda estão sob o poder do Hamas. Cerca de 100 pessoas que foram sequestradas pelo grupo terrorista em Israel, em outubro de 2023, continuam na Faixa de Gaza. A primeira fase do acordo, que já está negociada, durará seis semanas e prevê a libertação de 33 reféns. Eles serão liberados aos poucos. Durante este período, Israel se compromete a retirar parte das tropas da Faixa de Gaza e a soltar prisioneiros palestinos. A segunda fase do cessar-fogo começará a ser negociada a partir do início de fevereiro, enquanto a primeira etapa ainda estiver em vigor. A partir daí, Israel e Hamas tratarão da libertação dos demais reféns que estão com o grupo terrorista, incluindo os corpos daqueles que morreram. Já a terceira e última fase também depende de negociações. Segundo o plano, nesta etapa serão acordados a reconstrução de Gaza e quem governará o território palestino. Se tudo ocorrer dentro dos conformes, a implementação da última fase representaria um fim definitivo na guerra. Veja outros detalhes do acordo mais abaixo. O primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman, pediu para que Israel e Hamas se comprometam a cumprir com o plano acordado. Já o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ressaltou a importância da entrada de ajuda humanitária para os civis palestinos que estão em Gaza e lembrou das famílias israelenses vítimas do terrorismo. "Mesmo enquanto celebramos esta notícia, lembramos todas as famílias cujos entes queridos foram mortos no ataque do Hamas em 7 de outubro, e as muitas pessoas inocentes que perderam a vida na guerra que se seguiu. Já passou da hora de os combates terminarem e de o trabalho de construir a paz e a segurança começar", disse em comunicado. O governo de Israel afirmou que alguns detalhes do acordo ainda precisam ser afinados. Segundo a Reuters, a expectativa é que a maioria dos ministros israelenses vote a favor do texto, abrindo caminho para a implementação do tratado a partir de domingo. LEIA TAMBÉM: Cessar-fogo em Gaza: o acordo entre Israel e Hamas, fase a fase Guerra em Gaza deixou mais de 48 mil mortos em pouco mais de um ano; veja cronologia A guerra acabou? Por que o acordo entre Hamas e Israel só saiu agora? Entenda a situação em Gaza O acordo Israel x Hamas: foto mostra edifícios em ruínas no norte de Gaza, em 13 de janeiro de 2025. Reuters/Amir Cohen Confira, em detalhes, como será o acordo de cessar-fogo em Gaza.
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