Kassab critica reformas de Lula: “vai ficar no arroz com feijão”
Presidente do PSD fez críticas sucessivas ao governo, apesar de integrar a base; no entanto, diz que condições para 2026 são “instáveis”
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O presidente do PSD (Partido Social Democrático), Gilberto Kassab, criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e disse que o petista “vai ficar no arroz com feijão”, sem fazer novas reformas. A fala se deu em um evento do Infomoney nesta 5ª feira (6.fev.2025).
Kassab, que também é secretário de governo do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem feito críticas sucessivas ao governo federal em meio à queda da popularidade de Lula e a movimentações na Esplanada dos Ministérios.
“As próprias declarações do presidente nos últimos dias mostram que ele não está a fim de fazer muita reforma não. Via ficar no arroz com feijão. Ele foi bem claro em algumas manifestações”, disse em entrevista.
Dias antes, o cacique disse que se as eleições presidenciais fossem hoje, Lula perderia. Em 28 de janeiro, também disse que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é “fraco”. O petista afirmou que reagiu às críticas com risadas, mas que as críticas de Kassab contra o titular da Fazenda foram “injustas“.
Apesar dos acenos negativos do presidente, o PSD continua na base do governo. A legenda detém 3 ministérios (Agricultura, Minas e Energia e Pesca) e ainda pode emplacar o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco na reforma ministerial que deve se dar depois do Carnaval.
O partido também é dos que mais votou com o governo na Câmara nos primeiros 18 meses da gestão, segundo um levantamento do Poder360 de junho de 2024.
CONDIÇÕES DE 2026 SÃO “INSTÁVEIS”
Durante o evento promovido pelo portal de finanças, Kassab também afirmou que os governos federal e estaduais estão “terminando” com o ano que antecede o pleito. Disse que as condições para as eleições de 2026 são “instáveis”.
“É sempre assim: acaba a eleição municipal, começa a eleição de governador e presidente. Vira o ano. O governo Lula, até dezembro, estava começando e a partir de janeiro deste ano está terminando. Como o Tarcísio aqui em São Paulo ou qualquer governador. É um quadro ainda muito instável”, declarou.