Flagrado! Planeta se desintegra diante de telescópio da NASA
O telescópio TESS, da NASA, flagrou um planeta passando pelo processo de destruição mais rápido já visto. A desintegração, causada pela radiação da estrela que ele orbita, é tão rápida que o planeta perde massa equivalente à da Lua a cada milhão de anos. O processo permite que os cientistas investiguem o interior deste mundo. Clique e siga o Canaltech no WhatsApp Exoplaneta que cheira a ovo podre pode ajudar em novas descobertas Eis tudo o que sabemos sobre exoplanetas — até agora O exoplaneta (nome dado aos mundos que orbitam outras estrelas além do Sol) foi chamado de BD+05 4868 Ab e orbita a estrela BD+05 4868 A, encontrada a cerca de 141 anos-luz de nós. A distância é tão curta em termos astronômicos que este é também o planeta mais perto já visto passando pelo processo. Ele foi descoberto por pesquisadores do Instituto Massachusetts de Tecnologia com a técnica usada recentemente para a coleta de dados de K2-22b, um exoplaneta do tamanho de Netuno. “Estes planetas estão literalmente se abrindo de dentro para fora para nós, e com o [telescópio] James Webb, finalmente temos os meios de estudar a composição deles e ver do que são feitos os planetas que orbitam outras estrelas”, comentou Nick Tusay, coautor de um dos estudos. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- O exoplaneta foi flagrado pelo telescópio TESS, da NASA (Imagem: Reprodução/NASA/JPL-Caltech) Marc Hon, pesquisador que liderou o estudo, comentou que o planeta em questão tem a cauda de poeira mais proeminente já vista. “As caudas de poeira saindo do planeta evaporando rapidamente são gigantes: seu comprimento de aproximadamente 9 milhões de quilômetros passa por mais da metade da órbita do planeta a cada 30,5 horas”, observou. Esta trilha de partículas de poeira é dividida em uma parte que direciona o planeta em sua órbita ao redor da estrela, e outra que o segue. Além de ser longa, a cauda é tão densa que, quando passa pela estrela, ela bloqueia 1% da sua luz. Ainda, a estrutura cria um sinal de trânsito que permanece detectável por 15 horas. Hoje, o planeta tem massa equivalente à da nossa Lua; se o ritmo da sua desintegração continuar, ele deve desaparecer em breve. “A taxa à que o planeta está desaparecendo é realmente cataclísmica, e somos incrivelmente sortudos de poder ver as últimas horas deste mundo chegando ao seu fim”, comentou Hon. O artigo que descreve as descobertas foi disponibilizado no repositório arXiv. Leia mais: Por que exoplanetas do tamanho da Terra são raros no universo? Exoplanetas mortais: conheça 5 mundos que seriam fatais para o ser humano Vídeo: O que é Starlink? Leia a matéria no Canaltech.
O telescópio TESS, da NASA, flagrou um planeta passando pelo processo de destruição mais rápido já visto. A desintegração, causada pela radiação da estrela que ele orbita, é tão rápida que o planeta perde massa equivalente à da Lua a cada milhão de anos. O processo permite que os cientistas investiguem o interior deste mundo.
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O exoplaneta (nome dado aos mundos que orbitam outras estrelas além do Sol) foi chamado de BD+05 4868 Ab e orbita a estrela BD+05 4868 A, encontrada a cerca de 141 anos-luz de nós. A distância é tão curta em termos astronômicos que este é também o planeta mais perto já visto passando pelo processo.
Ele foi descoberto por pesquisadores do Instituto Massachusetts de Tecnologia com a técnica usada recentemente para a coleta de dados de K2-22b, um exoplaneta do tamanho de Netuno. “Estes planetas estão literalmente se abrindo de dentro para fora para nós, e com o [telescópio] James Webb, finalmente temos os meios de estudar a composição deles e ver do que são feitos os planetas que orbitam outras estrelas”, comentou Nick Tusay, coautor de um dos estudos.
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Marc Hon, pesquisador que liderou o estudo, comentou que o planeta em questão tem a cauda de poeira mais proeminente já vista. “As caudas de poeira saindo do planeta evaporando rapidamente são gigantes: seu comprimento de aproximadamente 9 milhões de quilômetros passa por mais da metade da órbita do planeta a cada 30,5 horas”, observou.
Esta trilha de partículas de poeira é dividida em uma parte que direciona o planeta em sua órbita ao redor da estrela, e outra que o segue. Além de ser longa, a cauda é tão densa que, quando passa pela estrela, ela bloqueia 1% da sua luz. Ainda, a estrutura cria um sinal de trânsito que permanece detectável por 15 horas.
Hoje, o planeta tem massa equivalente à da nossa Lua; se o ritmo da sua desintegração continuar, ele deve desaparecer em breve. “A taxa à que o planeta está desaparecendo é realmente cataclísmica, e somos incrivelmente sortudos de poder ver as últimas horas deste mundo chegando ao seu fim”, comentou Hon.
O artigo que descreve as descobertas foi disponibilizado no repositório arXiv.
Leia mais:
- Por que exoplanetas do tamanho da Terra são raros no universo?
- Exoplanetas mortais: conheça 5 mundos que seriam fatais para o ser humano
Vídeo: O que é Starlink?
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