Daniel Barenboim, maior maestro vivo, revela diagnóstico de Parkinson
Maestro argentino, um dos mais respeitados do mundo, afirmou que pretende seguir ativo na medida do possível
Comunicado sobre a doença
Daniel Barenboim, o maior maestro da atualidade, revelou nesta quinta-feira (6/2) que foi diagnosticado com Mal de Parkinson. Em publicação nas redes sociais, o maestro e pianista argentino de 82 anos afirmou que tem enfrentado os desafios da condição nos últimos três anos e agradeceu o apoio recebido.
“Gostaria de compartilhar hoje que tenho a doença de Parkinson. Olhando para o futuro, espero manter tantos compromissos profissionais quanto a minha saúde permitir”, declarou.
Afastamento da Ópera Estatal de Berlim
O maestro deixou a direção musical da Ópera Estatal de Berlim no início de 2023, encerrando um ciclo de mais de 30 anos à frente da instituição. Apesar disso, afirmou que pretende continuar envolvido com a West Eastern Divan Orchestra, projeto que ajudou a fundar em 1999, em Sevilha, na Espanha.
“Considero a West Eastern Divan Orchestra minha responsabilidade mais importante. É essencial para mim garantir a estabilidade de longo prazo e o desenvolvimento da orquestra”, afirmou.
Compromisso com a orquestra
Barenboim destacou que, mesmo sem poder atuar como regente em todas as ocasiões, trabalhará para que a orquestra siga sob comando de “excelentes maestros”. Ele também afirmou que tem se adaptado às mudanças causadas pela doença e busca os melhores tratamentos.
“Tenho navegado essa minha nova realidade e meu foco está em receber o melhor cuidado disponível”, afirmou.
Carreira e legado
Nascido em Buenos Aires, Barenboim é considerado o maior maestro vivo. Além de sua trajetória na Ópera Estatal de Berlim, foi diretor musical da Orquestra de Paris entre 1975 e 1989 e esteve à frente da Orquestra Sinfônica de Chicago de 1991 a 2006.