Caixa tem “obrigação” de lucrar 800 a 1.300 milhões de euros por ano

Para Paulo Macedo, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) “tem a obrigação” de registar resultados de 800 milhões a 1.300 milhões de euros por ano, garantindo que o banco público vai ter lucros “todos os anos” na próxima década. “Se não houver alterações geopolíticas significativas, a Caixa, em dez anos, vai dar lucros todos os […]

Jan 14, 2025 - 15:00
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Caixa tem “obrigação” de lucrar 800 a 1.300 milhões de euros por ano

Para Paulo Macedo, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) “tem a obrigação” de registar resultados de 800 milhões a 1.300 milhões de euros por ano, garantindo que o banco público vai ter lucros “todos os anos” na próxima década.

“Se não houver alterações geopolíticas significativas, a Caixa, em dez anos, vai dar lucros todos os anos”, afirmou o presidente da CGD na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, onde foi ouvido esta terça-feira a pedido do PCP e PS sobre a transformação de agências no interior do país.

Paulo Macedo considera mesmo que o banco público “tem a obrigação de dar lucros de 800 milhões a 1300 milhões”, consoante se esteja numa fase de picos de juros ou não. ” Tem lucros substanciais porque tem muitos capitais”, justificou.

Caso não atinja este nível de rentabilidade, teria problemas com o Banco Central Europeu (BCE), admitiu o gestor aos deputados. “Alguém pensa que o BCE permitiria que o banco se eternizasse com lucros de 300 milhões ao ano?”, questionou.

Em relação a 2025, Paulo Macedo mostrou-se confiante de que a CGD irá continuar a ter “expressivos”. Mas a questão é outra: “É se o lucro remunera o capitais, se remunera aquilo que os contribuintes lá puseram”.

Macedo questionou ainda quem considera que ter lucro seja “desprezível”, apontando a alguns deputados. “Se a Caixa tem tido lucros de 2011 a 2016, se calhar tinha comprado o Banif e Popular”, disse. Mais tarde voltou ao tema: “Em dois anos a Caixa vai contribuir com três mil milhões de euros para os deputados decidirem onde gastarem”.

Pelo meio, recusou ainda que o banco público desempenhe um papel de “regulador” do setor, mas admitiu que influencia a concorrência. “Nós fizemos um aumento das taxas dos depósitos e influenciamos os outros. (…) Ao não aumentar comissões pelo terceiro ano seguido estamos a influenciar os outros. Mas regulador é que não somos!”, disse.

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