Aborto: Instagram e Facebook suspenderam contas e ocultaram publicações de fornecedores de pílulas nos EUA, diz jornal

Em 18 estados do país, o procedimento é legalizado. Medida foi confirmada pela Meta. A empresa restaurou algumas contas e publicações depois de o The New York Times ter entrado em contato. Facebook e Instagram AP Photo/Richard Drew O Facebook e o Instagram suspenderam contas e ocultaram publicações de perfis de fornecedores de pílulas abortivas nos Estados Unidos, segundo apuração do jornal The New York Times. Segundo a reportagem, dois fornecedores tiveram os posts bloqueados e diversos perfis foram suspensos e deixaram de aparecer nas pesquisas e recomendações nas duas redes sociais. Os donos das contas informaram que o movimento se intensificou nos últimos dois dias. Nos Estados Unidos, o aborto é permitido em 18 estados. Ao jornal, a Meta, dona do Facebook e do Instagram, confirmou algumas suspensões e bloqueio das postagens. A empresa restaurou algumas contas e publicações depois que o The New York Times ter entrado em contato. No dia 7 de janeiro, a Meta anunciou que encerrou o seu programa de verificação de fatos, começando pelos Estados Unidos. Na ocasião, Mark Zuckerberg, presidente-executivo da empresa, disse que a medida eliminaria "restrições sobre alguns assuntos que são parte de discussões na sociedade". Veja o pronunciamento abaixo. Mark Zuckerberg anuncia que Meta vai encerrar sistema de checagem de fatos Ao jornal, a Meta disse que a moderação de contas relacionadas ao aborto não possui ligação à mudança nas políticas. Mas os incidentes levantaram questões sobre se a empresa estava realmente afrouxando as restrições de fala. Um porta-voz afirmou que os incidentes recentes ocorreram porque a plataforma proíbe a venda de medicamentos farmacêuticos sem certificação adequada. A empresa também descreveu alguns dos incidentes como "aplicação excessiva" da regra. Um dos maiores fornecedores de pílulas abortivas nos Estados Unidos, Aid Access, disse que algumas postagens foram removidas de sua conta do Facebook e ocultadas em sua conta do Instagram desde novembro. A empresa disse que foi bloqueada de acessar sua conta do Facebook desde novembro, e sua conta do Instagram foi suspensa na semana passada, apesar de já ter sido restaurada. As contas do Instagram de outros fornecedores, como Women Help Women e Just the Pill, também foram suspensas nos últimos dias. Os provedores disseram que o motivo que a Meta deu a eles para as suspensões foi que suas contas não "seguiam os Padrões da Comunidade sobre armas, drogas e outros bens restritos". As duas contas foram restauradas na quinta-feira. Já a conta da marca Hey Jane ficou invisível na pesquisa do Instagram, disse Rebecca Davis, que lidera o marketing da empresa. Algo semelhante aconteceu em 2023 até que a Meta reverteu a medida, informou. Leia também: Meta publica em português nova política que permite associar público LGBTQIA+ a doenças mentais Vítima que 'namorou' falso Brad Pitt e perdeu R$ 5 milhões tenta encontrar golpistas na Nigéria Veja vídeos: Usuários reclamam por seguir automaticamente perfil de Trump como presidente nas redes Meta, dona de Instagram e Facebook, encerrará sistema de checagem de fatos

Jan 24, 2025 - 18:44
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Aborto: Instagram e Facebook suspenderam contas e ocultaram publicações de fornecedores de pílulas nos EUA, diz jornal

Em 18 estados do país, o procedimento é legalizado. Medida foi confirmada pela Meta. A empresa restaurou algumas contas e publicações depois de o The New York Times ter entrado em contato. Facebook e Instagram AP Photo/Richard Drew O Facebook e o Instagram suspenderam contas e ocultaram publicações de perfis de fornecedores de pílulas abortivas nos Estados Unidos, segundo apuração do jornal The New York Times. Segundo a reportagem, dois fornecedores tiveram os posts bloqueados e diversos perfis foram suspensos e deixaram de aparecer nas pesquisas e recomendações nas duas redes sociais. Os donos das contas informaram que o movimento se intensificou nos últimos dois dias. Nos Estados Unidos, o aborto é permitido em 18 estados. Ao jornal, a Meta, dona do Facebook e do Instagram, confirmou algumas suspensões e bloqueio das postagens. A empresa restaurou algumas contas e publicações depois que o The New York Times ter entrado em contato. No dia 7 de janeiro, a Meta anunciou que encerrou o seu programa de verificação de fatos, começando pelos Estados Unidos. Na ocasião, Mark Zuckerberg, presidente-executivo da empresa, disse que a medida eliminaria "restrições sobre alguns assuntos que são parte de discussões na sociedade". Veja o pronunciamento abaixo. Mark Zuckerberg anuncia que Meta vai encerrar sistema de checagem de fatos Ao jornal, a Meta disse que a moderação de contas relacionadas ao aborto não possui ligação à mudança nas políticas. Mas os incidentes levantaram questões sobre se a empresa estava realmente afrouxando as restrições de fala. Um porta-voz afirmou que os incidentes recentes ocorreram porque a plataforma proíbe a venda de medicamentos farmacêuticos sem certificação adequada. A empresa também descreveu alguns dos incidentes como "aplicação excessiva" da regra. Um dos maiores fornecedores de pílulas abortivas nos Estados Unidos, Aid Access, disse que algumas postagens foram removidas de sua conta do Facebook e ocultadas em sua conta do Instagram desde novembro. A empresa disse que foi bloqueada de acessar sua conta do Facebook desde novembro, e sua conta do Instagram foi suspensa na semana passada, apesar de já ter sido restaurada. As contas do Instagram de outros fornecedores, como Women Help Women e Just the Pill, também foram suspensas nos últimos dias. Os provedores disseram que o motivo que a Meta deu a eles para as suspensões foi que suas contas não "seguiam os Padrões da Comunidade sobre armas, drogas e outros bens restritos". As duas contas foram restauradas na quinta-feira. Já a conta da marca Hey Jane ficou invisível na pesquisa do Instagram, disse Rebecca Davis, que lidera o marketing da empresa. Algo semelhante aconteceu em 2023 até que a Meta reverteu a medida, informou. Leia também: Meta publica em português nova política que permite associar público LGBTQIA+ a doenças mentais Vítima que 'namorou' falso Brad Pitt e perdeu R$ 5 milhões tenta encontrar golpistas na Nigéria Veja vídeos: Usuários reclamam por seguir automaticamente perfil de Trump como presidente nas redes Meta, dona de Instagram e Facebook, encerrará sistema de checagem de fatos

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